06/04/2022
Assim como todos os brasileiros, os bancários também foram
atingidos pelos reflexos da reforma trabalhista. A categoria encolheu e, pela
primeira vez na história, passou a representar menos da metade do emprego
formal no ramo financeiro – 47% da força de trabalho.
Para se ter ideia, em 1994 os bancários eram 80% da força de
trabalho do setor. Em 2012 representavam 59%. Em números, 454,6 mil
profissionais atuavam nos bancos em 2012. A renda média mensal chegava a R$
8,35 mil e 76% tinham ensino superior.
O cenário mudou radicalmente a partir de 2016, com o golpe
jurídico-midiático-parlamentar. De lá para cá, 63 mil postos de trabalho foram
fechados. O número de agências físicas também despencou, processo que acelerou
em 2019. Naquele ano, o país tinha de 22,9 mil unidades bancárias. Em 2021 eram
17,8 mil.
Todos os estados e mais o Distrito Federal tiveram redução
de, no mínimo, 10% de agências, aponta pesquisa do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Teletrabalho
Além de todos os problemas por conta da pandemia, os
bancários também passaram enfrentar dificuldade com o teletrabalho. Falta de
estrutura adequada e equipamentos, aumento descontrolado da jornada, aumento de
custos e ausência de auxílio financeiro são alguns exemplos. Apesar disso,
pesquisa do movimento sindical apontou que 80% afirmaram preferir trabalhar de
casa, total ou parcial.
Fonte e Imagem: Feeb/PR
UGT - União Geral dos Trabalhadores