04/04/2022
A Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de
Mesas Telefônicas (FENATTEL) participou de reunião com a Telefônica espanhola e
sindicatos da América do Sul.
O evento
ocorreu em 29 e 30/03, organizado pela UNI que é o sindicato global a qual a
FENATTEL é filiada. Hoje o Brasil possui a maior quantidade de trabalhadores da
Telefônica em todo o mundo.
Do total de
104.150 trabalhadores, 34.746 estão no Brasil e em segundo lugar vem a Espanha
com 28.949 trabalhadores. Outra informação é que o maior índice de satisfação
em trabalhar na Telefônica é no Brasil com 80%. O índice global é de 67%.
Diante da grandeza que se tornou o Brasil para o grupo Telefônica, a FENATTEL
reivindicou que os trabalhadores brasileiros sejam recompensados e que a
empresa já esteja provisionada para as próximas negociações coletivas.
O Sindicato
aproveitou a presença da diretora mundial de RH, Marta Machicot, para
encaminhar as reivindicações dos trabalhadores, tais como: • Formação Profissional:
é fundamental para o crescimento do trabalhador e também para a empresa.
Além dos
cursos que já estão no portfólio da empresa, a FENATTEL reivindicou a
implantação do curso técnico em eletrônica em conjunto com o Sindicato e que o
mesmo seja subsidiado pela empresa. • Acordo de Desconexão: a FENATTEL insistiu
na negociação de um acordo que garanta que os trabalhadores não possam ser
contatados fora do horário de trabalho.
É
importante respeitar os horários de descanso e lazer. • Assédio Moral e Sexual:
a Federação afirmou que esses problemas precisam ser erradicados da empresa. A
Telefônica respondeu que não admite nenhum tipo de assédio e que todos os casos
são verificados e tratados.
Os
representantes do RH afirmaram ainda que todas as lideranças passam e passarão
por capacitação sobre esse tema. • Violência contra as mulheres: a FENATTEL
questionou sobre este tema. A empresa reafirmou que é inadmissível e que
reprime esse tipo de violência. Todos os trabalhadores da empresa serão
capacitados sobre o assunto. • Saúde Mental: a Federação alertou sobre o
aumento significativo de casos de doenças mentais como depressão, síndrome do
pânico, entre outras, ocorridas durante a pandemia da Covid-19.
Também foi
reivindicada ao RH uma atenção especial no acolhimento dos trabalhadores. A
empresa afirmou que já existe um projeto e também dispensará uma atenção
redobrada para o pleito. • Igualdade salarial entre homens e mulheres: essa foi
outra solicitação da FENATTEL, pois para trabalho igual deve ser aplicado
salário igual.
A
Telefônica afirmou que tem investido muito neste tópico e que tem equalizado os
salários por igual, quando existem similaridades entres os postos de trabalho.
A empresa ainda afirmou que desde 2018 os cargos diretivos têm tido um
crescimento percentual significativo de mulheres. • Igualdade racial: a
FENATTEL questionou o RH mundial da empresa sobre a questão da igualdade
racial. A Telefônica disse que já está atuando sobre esse assunto e que já
contratou mais de 700 estagiários, sendo que 50% são negros. • Fibrasil:
A Federação
indagou a empresa sobre o surgimento da Fibrasil, suas atividades e
estratégias. A Telefônica se prontificou a esclarecer as dúvidas. • Empresas
terceirizadas: a FENATTEL enfatizou que não admitirá precarização de qualquer
nível, especialmente no que diz respeito à base de trabalhadores representados
pelo mesmo.
Esse
combate à precarização será ostensivo, pois até hoje a Telefônica é uma
referência positiva de terceirização no segmento de rede interna e rede
externa. Sobretudo pelo árduo trabalho executado pela Federação. O RH informou
que monitora as suas empresas contratadas e atua de imediato sempre que surgem
problemas e que sempre está à disposição para tratar com a FENATTEL.
Fonte e
Foto: Fenattel
UGT - União Geral dos Trabalhadores