01/04/2022
Medicamentos
tiveram reajuste e ficaram mais caros em até 10,89%, de acordo com cálculos
feitos pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos
Os
consumidores precisam ficar atentos ao fazer compras em farmácias e drogarias.
Isso porque os remédios tiveram reajuste e ficaram mais caros em até 10,89%, de
acordo com cálculos feitos pelo Sindicato da Indústria de Produtos
Farmacêuticos (Sindusfarma). Dessa forma, a saída dos consumidores é pesquisar
para encontrar melhores preços nas prateleiras.
De acordo
com o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, o reajuste
definido pelo governo poderá ser aplicado em cerca de 13 mil medicamentos
disponíveis no mercado varejista brasileiro. “É importante o consumidor
pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos
prescritos pelos profissionais de saúde”, recomenda Mussolini.
No
entanto, o reajuste pode não ser automático e nem imediato. Ele avalia que a
mudança de preços em algumas farmácias pode não acontecer rapidamente. Os
medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica
(doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos
de venda. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos
estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”.
Os
medicamentos têm preço controlado e congelado por 12 meses. Nenhuma empresa
pode aumentar o preço máximo ao consumidor de seus produtos sem autorização do
governo.
Uma única
vez a cada ano, os aumentos de custo de produção acumulados nos 12 meses
anteriores podem ser incorporados ao preço máximo ao consumidor (PMC) dos
medicamentos, a critério das empresas fabricantes, aplicando-se uma fórmula de
cálculo criada pelo governo.
O
sindicato destacou que, durante os dois anos de pandemia, a oferta dos
medicamentos se manteve regular e seus preços aumentaram menos do que os dos
alimentos e dos transportes.
"No
acumulado de 2021 e 2020, os medicamentos subiram em média 3,75%, enquanto a
inflação geral no Brasil saltou para 15,03%, gerando uma diferença para menos
de 11 pontos percentuais. No mesmo biênio, os alimentos subiram 23,15% e os
transportes, 22,28%, de acordo com o IBGE, ou seja, quase seis vezes mais do
que os medicamentos", disse a Sindusfarma.
No ano
passado, os medicamentos subiram 6,17% ante a inflação geral de 10,06%, de
acordo com o IPCA, medido pelo IBGE. Já em 2020, a inflação dos medicamentos
foi negativa (-2,28%), ante a carestia geral de 4,52%.
"Nem
a enorme pressão de custos das matérias-primas, do câmbio e da logística global
do período, entre outros insumos, gerou instabilidades nos preços desse bem
essencial para o enfrentamento do SARS-CoV-2 e para a população
brasileira", afirmou o sindicato.
A cotação
do dólar chegou a aumentar quase 40% nos últimos dois anos, os gastos com frete
e seguros aumentaram em média 10%, em dólares, e materiais de embalagem subiram
cerca de 40%. No acumulado de 2012 a 2021, a inflação geral somou 78,91% ante
uma variação de preços dos medicamentos de 55,79% (IPCA). “Os medicamentos têm
um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia
brasileira”, afirmou o presidente executivo.
O
sindicato ainda destacou que a carga tributária embutida no preço dos
medicamentos equivale a até 32% do valor final pago pelo consumidor. Em um
exemplo, um analgésico eficaz para febre, coriza, dor de garganta ou dor no
corpo custa, em média, R$ 3,61, e que os remédios fornecidos gratuitamente no
Programa Aqui Tem Farmácia Popular, como hipertensivos e medicamentos para
diabetes e outros produtos para doenças de larga incidência, são vendidos pelas
empresas fabricantes por valores de reembolso abaixo do praticado no mercado em
outros itens, que não são reajustados há anos. (Fonte: Brasil Econômico)
Fonte e Foto: Feeb/ PR
UGT - União Geral dos Trabalhadores