17/03/2022
Os Correios fecharam o ano de 2021 com lucro acima de R$ 3
bilhões, recorde histórico dos últimos 11 anos. De acordo com informações da
assessoria de imprensa da empresa, a estatal mais que dobrou o valor registrado
de 2020, quando a companhia postal obteve lucro de R$ 1,53 bilhão.
Ainda de acordo com informações preliminares confirmadas
pela assessoria dos Correios, são os melhores indicadores da empresa nos
últimos 22 anos. As informações sobre as operações e desempenho da companhia
serão anunciadas amanhã, em coletiva de imprensa.
Entre os principais motivos para o crescimento da empresa
está o comércio eletrônico. Durante as maiores datas promocionais do comércio
eletrônico brasileiro e internacional (Black Friday e Singles Day), o
crescimento de volumes de encomendas foi superior a 40%, quando comparado aos
mesmos períodos de 2020.
A empresa contabilizou recordes no fluxo de encomendas, a
exemplo da última Black Friday, quando 18,9 milhões de encomendas foram
recebidas, sendo 3,4 milhões somente em 1 dia.
A empresa destaca também a redução de custos — somente no
ano de 2021 houve uma economia da ordem de R$ 1,4 bilhão durante a fase de
negociação das contratações efetuadas pela estatal.
Privatização
Mesmo com lucro, a empresa está na lista de desestatização
do governo federal. No entanto, o projeto de lei nº 591/2021 está parado na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Uma consulta pública exigida
pelo Tribunal de Contas da União (TCU) está em curso pelo Ministério das
Comunicações.
Enquanto isso, a empresa faz planos. Dentre os números
projetados para os próximos cinco anos, estão a expectativa de que o volume de
encomendas seja dobrado. Os Correios ressaltam a importância de dobrar o
resultado da receita e triplicar o patrimônio líquido.
Para o vice-presidente da Associação dos Profissionais dos
Correios (ADCAP), Marcos César Alves Silva, a estatal prova, mais uma vez, que
é uma empresa lucrativa. “Por isso, entre outros motivos, a privatização dos
Correios é um erro. A privatização dos Correios é uma coisa errada. Essa
discussão deveria ser, pelo menos, adiada”, avalia. (Fonte: Correio
Braziliense)
Fonte: Feebpr
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
UGT - União Geral dos Trabalhadores