14/03/2022
O
Procurador-Geral do Trabalho, José de Lima Ramos, destacou que a reforma
trabalhista de 2017 causou prejuízos para o movimento sindical e que as
negociações coletivas continuam sendo importantes para garantias de direitos.
Em entrevista
ao CB.Poder, Ramos afirmou que não existe uma segurança no trabalho porque o
desemprego leva à informalidade e por isso os sindicatos precisam ser
fortalecidos.
Para o chefe
do Ministério Público do Trabalho, a reforma trouxe pontos positivos, como a
relação do empregador com o empregado, mas, em contrapartida, enfraqueceu o
movimento sindical, afastando os sindicatos de algumas negociações.
Por isso, o
Procurador-Geral considera que o lado negativo, se sobrepõe ao positivo.
Ressalta ainda, que a forma de rever a medida passa pelo debate público com
participação da sociedade e o fortalecimento dos movimentos sindicais.
Sobre o
retorno das grávidas ao trabalho presencial, Ramos defende que cada caso deve
ser analisado individualmente, pelo setor médico das empresas, porque está em
risco não só a vida da mãe, mas também o bebê. Para o Procurador, o passaporte
vacinal deve ser exigido no retorno presencial.
O
teletrabalho se tornou uma ferramenta importante no funcionamento das empresas
durante o agravamento da pandemia de Covid-19 e com isso, muitas discussões
foram levantadas sobre os custos dessa operação.
José de Lima
Ramos, defendeu a permanência do teletrabalho, mas lembrou que as normas da CLT
definem que os custos do trabalho remoto são de responsabilidade do empregador.
Fonte:
Contec Brasil
UGT - União Geral dos Trabalhadores