11/03/2022
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado
hoje (11) pelo IBGE, subiu 0,56% em fevereiro, uma variação 0,16 ponto
percentual (p.p.) abaixo da taxa de janeiro, que foi de 0,72%. Dessa forma, o
acumulado dos dois meses de 2022 até aqui é de 1,28%. Nos últimos 12 meses, a
alta é de 16,28%, resultado abaixo dos 17,17% registrados nos 12 meses
imediatamente anteriores. Em fevereiro do ano passado, o índice foi 1,33%.
"A taxa de fevereiro mostra que o segmento da
construção civil, após um período de altas sequenciais atípicas, vem se
aproximando de taxas mais próximas do período pré-pandemia. Situação que
acontece desde o segundo semestre de 2021”, afirma Augusto Oliveira, gerente do
Sinapi. O custo nacional da construção (por metro quadrado) em fevereiro foi de
R$ 1.533,96, dos quais R$ 922,86 relativos aos materiais e R$ 611,10 à mão de
obra.
“O resultado da parcela dos materiais, que após uma taxa
menor em janeiro, cresceu em fevereiro, influenciou no Sinapi”, explica
Augusto. A parcela dos materiais teve alta de 0,77% ou 0,14 p.p. em relação a
janeiro (0,63%). Em comparação com fevereiro de 2021 (2,35%), houve queda de
1,58 p.p.
No caso dos custos da mão de obra, a taxa foi de 0,23%,
caindo 0,64 p.p. em relação a janeiro (0,87%). No confronto contra fevereiro do
ano anterior (0,02%), houve aumento de 0,21 p.p..
No acumulado dos dois primeiros meses de 2022, materiais
apresenta aumento de 1,40% enquanto na parcela da mão de obra, a alta é de
1,10%. Contando os resultados dos últimos 12 meses, o índice é de 23,29% para
materiais e 7,10% para mão de obra.
Amapá tem a maior alta, seguido por Sergipe
O Amapá foi a unidade da federação com a maior alta no
recorte estadual. O estado nortista teve alta na parcela de materiais e contou
com um reajuste nas categorias profissionais, fechando o mês com aumento de
4,91% no custo da construção civil.
Sergipe foi o segundo lugar, com 1,31%. No estado nordestino
houve alta em salários e acordos individualizados em algumas empresas, que acabaram
adotando novos pisos salariais. “Mas ainda não houve a homologação de um
dissídio do sindicato da construção e do sindicato dos trabalhadores. Dessa
forma, não atingiu toda a amostra do Sergipe”, ressalta o analista.
Em termos regionais, a maior alta foi no Norte (0,74%), com
a contribuição do Amapá e aumento na parcela dos materiais em cinco estados no
total. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,56%
(Nordeste), 0,53% (Sudeste), 0,53% (Sul), e 0,52% (Centro-Oeste).
Em termos de custos regionais (por metro quadrado), o Sul
ficou em primeiro (R$ 1.608,41), seguido pelo Sudeste (R$ 1.588,16) e pelo
Norte R$ 1.536,33). Centro-Oeste (R$ 1.523,16) e Nordeste (R$ 1.441,22)
completam a lista.
Mais sobre o Sinapi: O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE
e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para
o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e
preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção
para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.
As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de
investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na
elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam
a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.
Fonte: Agência IBGE
UGT - União Geral dos Trabalhadores