25/02/2022
As centrais
sindicais brasileiras mostram-se perplexas diante da deflagração de uma nova
guerra no continente europeu.
Acreditamos
na paz e em soluções diplomáticas para conflitos entre países. Paz e diplomacia
que, acima de tudo, deveriam garantir trabalho descente, justiça social com
distribuição de renda e dignidade da vida humana, condições pelas quais lutamos
incansavelmente.
Estamos
diante de uma situação que o mundo não vê desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Não
é exagero dizer que se trata da formação de uma nova configuração global. Em um
mundo cada vez mais globalizado, as consequências de um conflito desse porte,
tem o potencial para atingir todo o planeta, inclusive a economia brasileira
com a elevação do valor de produtos como o trigo, gás e petróleo.
Consideramos
urgente uma saída negociada. Uma saída na qual todos os envolvidos se movam
pela preservação da paz.
Como
representantes dos trabalhadores brasileiros, emitimos um clamor pela paz e um
apelo pela população mais vulnerável e pelos trabalhadores que pagam um preço
muito alto, muitas vezes com a própria vida, quando uma guerra se estabelece.
Estamos a
poucos meses do fim da guerra no Afeganistão, que se arrastou por 20 anos com
consequências lamentáveis. A história mostra que é urgente rever essa maneira
de tentar resolver conflitos. Nada justifica a dor e o sofrimento que elas
causam.
São Paulo, 25 de fevereiro de 2022
Miguel Torres, Presidente da Força
Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT
(União Geral dos Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
UGT - União Geral dos Trabalhadores