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Desde que a SPTrans comunicou às empresas de ônibus que as despesas com os cobradores não farão mais parte da remuneração das viações, muitas polêmicas foram levantadas sobre o futuro da profissão. O Sindmotoristas, o sindicato da categoria, promete não medir esforços para garantir o emprego de mais de 19 mil profissionais.

Na manhã desta terça-feira, o secretário de Cultura do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso) concedeu uma entrevista à equipe do “Jornal da Record”. Na ocasião, ele defendeu a permanência dos cobradores nos veículos, destacando o papel que os mesmos desempenham um papel fundamental nos ônibus. “Eles são verdadeiros agentes sociais, eles auxiliam os motoristas, ajudam os cadeirantes, controlam o uso dos assentos reservados de idosos e gestantes, além de inibirem situações de assédio sexual”, informou.

Sorriso afirmou ainda que a entidade está providenciando uma carta Aberta com Abaixo-Assinado visando convencer as autoridades sobre a importância dos profissionais. “É impossível que o Poder Público não perceba o quão necessários são os cobradores para o transporte público. Essa decisão não pode ser tomada de modo unilateral”, afirmou.

A Secretária da Mulher, Luciana Borges, também falou sobre sua perspectiva como cobradora de ônibus, mostrando sua preocupação com o futuro da categoria. “Ao que tudo indica, nossas autoridades não estão preocupadas com o desemprego de 19 mil pessoas, pais e mães de família. Tal atitude agravará, ainda mais, a situação de vulnerabilidade social de nossa cidade”, apontou.

“Não vão nos convencer que 19 mil profissionais serão realocados para outras funções que sequer existem nos quadros de funcionários. Realocar para onde? Houve treinamento? Isso é um verdadeiro golpe. Isso é desumano. É o anúncio do desemprego em massa. Mas, nós vamos lutar até o fim”, pontuou.