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COP 26 inicia com ação firme da delegação sindical


01/11/2021

Esta semana iniciou a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), que acontece de 1 a 12 de novembro de 2021 em Glasgow, Escócia, com a presença de chefes de Estado e delegações governamentais de 200 países, com o objetivo de atualizar as metas para conter a crise climática. São esperados líderes mundiais e negociadores e com a participação ampla de movimentos e organizações da sociedade civil prejudicada por causa da pandemia, devido a dificuldades e restrições. 

Como o tratado mais ambicioso já feito pela ONU para conter a crise climática, o Tratado de Paris, que substituiu em 2015 o Protocolo de Quioto, assinado por 196 países, visou manter o aumento da temperatura do Planeta abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais (1880, primeira medição) até 2100, que já passou em 1ºC, e limitando o aumento em 1,5ºC.

Abaixo de 2ºC  

Para que isso aconteça, os países precisam se comprometer a diminuir (ou compensar) as emissões de gases-estufa, sobretudo dióxido de carbono (CO2) principais responsáveis pelo aumento da temperatura do planeta, desenvolvendo estratégias de combate e compensação. Para a meta de 1,5ºC do Acordo de Paris ser alcançada o cenário mais otimista do IPCC (as emissões de carbono devem ser zeradas até 2050

Como o Brasil chega na COP 26

O Brasil chega ao encontro sem a participação do presidente, sem ações concretas para atingir metas de preservação do meio ambiente, com desmatamento em alta e falta de políticas de controle. Segundo especialistas, com uma iniciativa vazia e retórica, nada de relevante para apresentar, levando somente intenções e com as políticas ambientais brasileiras sendo denunciadas internacionalmente, sem combate efetivo ao desmatamento da Amazônia, e com a flexibilização de leis ambientais.

Transição justa  

A Transição que entendemos é não deixar a força de trabalho para trás, se faz necessário colocar trabalhadores(as) no centro das discussões, tarefa difícil mas não impossível para o movimento sindical e para a Delegação Sindical Internacional da Confederação Sindical Internacional (ITUC CSI), que estará presente nesta COP. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) integrou o grupo de trabalho que desenvolveu o documento base da CSA, para a delegação sindical, e vem acompanhando as discussões, acompanhando o andamento das negociações.

Segundo a CSA

A Delegação Sindical Internacional da Confederação Sindical Internacional ( ITUC CSI) estará participando mas com um número menor com relação a outras COPs. 

Conforme o documento da CSA para a CP26, a pandemia vem mostrando o “fracasso” das políticas neoliberais e revelou muitas consequências negativas em termos de desigualdade, proteção social e justiça social. A crise e os impactos da pandemia devem servir para priorizar as grandes ameaças à vida trazidas pela crise ambiental e reforçar a transversalidade dessa disputa pelo modelo de produção e consumo. Essa situação nos oferece mais um motivo para mudar nossa relação com a natureza. Os planos de recuperação propostos e os compromissos atuais são insuficientes para promover a transição para uma economia diferente, social e ambientalmente sustentável. O multilateralismo avançou nos compromissos formais por escrito, mas eles ainda são deficientes, sem mecanismos eficazes para garantir a natureza vinculativa dos acordos.

O Acordo de Paris foi uma conquista importante ao incluir no preâmbulo a demanda dos trabalhadores e dos movimentos sociais: a transição justa. No entanto, as propostas que estão avançando para uma transição e para mitigação e adaptação não atendem a esses princípios. As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) são compromissos não vinculantes que os países propõem para intensificar suas ações e enfrentar as Mudanças Climáticas e devem garantir justiça, participação, transparência e diálogo social tanto na sua preparação como na sua implementação. Infelizmente, e além da fragilidade do conceito de NDC e da falta de ambição, as contribuições, embora falem de Transição Justa, na prática, foram elaborados por setores vinculados aos governos, omitindo amplos processos de diálogo social e excluindo a participação sindical.





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