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Consórcio é responsável pela greve


06/09/2011

05/09/2011

O Tribunal Regional do Trabalho, do Rio, não julgou a greve nas obras do Maracanã e deu um prazo de 5 dias, para que as partes, trabalhadores e o consórcio, cheguem a um acordo, só depois desse prazo o Tribunal vai se manifestar. A decisão é considerada uma vitória dos 2,5 mil operários, diz Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT, central que o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada (Sitraicp) está filiado e cujo presidente, Nilson Duarte Costa, é presidente da UGT- Rio.
A greve dos trabalhadores nas obras do Maracanã foi julgada hoje (5) à tarde pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio. O desembargador que conduziu os trabalhos tinha a expectativa de um acordo, uma vez que a greve foi decretada porque o consórcio deixou de cumprir sua parte no acordo firmado na semana passada. Era essa a mesma opinião de Nilson Duarte Costa, presidente do Sitraicp.
Mas o lado patronal, liderado pelo Consórcio Delta/Odebrecht/Andrade Gutierrez foi intransigente e declarou, no Tribunal, que não haveria acordo. O desembargador, então, despachou dando prazo de cinco dias úteis para que as partes cheguem a um acordo.
O Consórcio está sendo irresponsável. Desrespeitou os trabalhadores, a Justiça e o vice-governador Pezão, que se empenhou pessoalmente para que o acordo fosse celebrado", diz Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT. O sindicalista diz que a irresponsabilidade do Consórcio fez com que os trabalhadores decretassem a greve e vão se manter parados até que o Consórcio cumpra o acordo celebrado na semana passada.
Este desrespeito se juntou aos problemas enfrentados pelos trabalhadores do turno da noite que são obrigados a comer as sobras das refeições do dia, que na maioria das vezes está estragada. E passam a madrugada toda sem um lanche, que deveria ser servido, conforme acertado, às 3 horas da manhã.
"Vamos nos manter em assembleia permanente até a segunda-feira, dia 12, quando vence o prazo do TRT, aguardando uma proposta que seja viável e aceita pelos trabalhadores", afirma Nilson Duarte Costa.
A União Geral dos Trabalhadores se mantém mobilizada nacionalmente em apoio aos companheiros em greve no Maracanã. Principalmente porque entre as razões que deflagraram o movimento está um acidente que ocorreu com um trabalhador nas obras do Maracanã. Além disso, na madrugada deste domingo, dois operários da construtora Odebrecht morreram e três ficaram feridos nas obras de ampliação do terminal marítimo da Vale, no porto de São Luís (MA). O acidente ocorreu durante a concretagem de uma viga na construção do píer 4, o novo píer de embarque que está sendo construído no terminal.
A Odebrecht é uma das principais empresas que lideram o Consórcio que toca as obras no Maracanã.
Histórico da greve
No último dia 30 de agosto, data do vencimento dos salários, o Consórcio deveria ter pago a cesta básica de R$ 160,00, prevista para 1o. de setembro, e terem sido entregues os cartões do convênio médico.
"O Consórcio pagou a cesta básica de apenas R$ 110,00 e nada foi falado a respeito do convênio médico que já tinha sido acordado e registrado no termo de responsabilidade, diante da Justiça do Trabalho", explica Nilson Duarte Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada (Sitraicp) e presidente da UGT-Rio.
Faltam ainda, no período noturno, algum representante do departamento pessoal, médicos de plantão e nutricionistas para assegurar a qualidade da alimentação. Os trabalhadores reclamam, também, da obrigatoriedade de fazerem horas extras."


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