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Em mais uma demonstração de falta de sensibilidade, Bolsonaro Veta distribuição gratuita de absorventes


08/10/2021

Foto: Depositphotos - Agência Câmara de Notícias














Empatia, amor ao próximo e respeitos são princípios básicos de cidadania e que precisam ser praticados por todas as pessoas para que tenhamos uma sociedade menos desigual, mas para quem deseja ingressar ou seguir na carreira pública, como parlamentar, por exemplo, esses são quesitos primordiais e que devem ser seguidos no seu dia a dia de trabalho.

Contudo, pelo visto o presidente Jair Messias Bolsonaro não tem ideia do que isso significa, já que por meio de sua caneta, nesta quinta-feira 07, sancionou a criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214), mas vetou a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua, que era a principal medida determinada pelo programa.

A falta de sensibilidade do presidente da república teve uma repercussão negativa e, de imediato, uniu parlamentares para a derrubada do veto, um vez que a intenção da Lei 14.214 era combater a precariedade menstrual, que significa a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação feminina.

Nota secretaria da Mulher Sindicato dos Comerciário

O presidente Bolsonaro, não consegue promover uma política pública capazes de acolher estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema, hoje precisamos lutar para derrubar este veto é uma questão de dignidade e inclusão destas mulheres e adolescentes, que estão desamparadas pelo poder público.

É revoltante saber que em pleno século XXI mulheres não tem a mínima condição de comprar um absorvente. Existem pesquisas que comprovam que de cada quatro jovens, uma já faltou a o colégio por não ter como comprar um absorvente, o presidente alegou que não era um item essencial, mas se ele menstruasse, perceberia que para nós mulheres é sim essencial. É uma questão de extrema importância que é ignorada e muitas vezes não debatida pelo poder público.

Precisamos nos unir e derrubar este veto que tanto vai promover a desigualdade, já latente no nosso país”.

Nota Secretaria da Mulher da União Geral dos Trabalhadores (UGT)

Saúde Menstrual é direito de toda mulher!

 

O presidente Bolsonaro, apesar de sancionar o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214) vetou o principal que contemplava a distribuição de absorventes a estudantes e pessoas pobres. A alegação para o veto foi que a medida contrariava interesse público e não indicava fonte de custeio ou medida compensatória.

A Secretaria da Mulher da UGT externa seu repúdio ao veto e tem como função levar aos nossos Congressistas, que possuem o poder de derrubar esse veto, a importância de atender a essa demanda de nossas jovens estudantes e mulheres em situação de vulnerabilidade.

A proposta (PL 4.968/2019), da deputada Marília Arraes (PT-PE), aprovada pelo Senado em 14 de setembro, prevê a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua

Mais uma vez a desigualdade social e de gênero é escancarada na cara da sociedade, pois imaginamos que muitas pessoas, principalmente os homens, sequer pensam em como essas jovens e mulheres lidam com seu ciclo menstrual de forma digna, sem a condição econômica mínima de comprar seus próprios absorventes, escolhendo a marca de suas preferências. Porque não se iludam caros políticos, elas não querem estar nessa situação e se estão é preciso que a sociedade as protejam e implemente políticas públicas de proteção a essas mulheres.

O ciclo menstrual é algo natural, fisiológico que acontece todos os meses sem que a mulher tenha o poder de escolher, se quer ou não menstruar, não há escolha, mas tem que haver vontade política de amenizar o constrangimento de ter que utilizar outros artifícios, nem sempre higiênicos, para o período menstrual.

Na nossa visão não há muito que nossos congressistas possam pensar, senão a derrubada desse veto e se a questão é orçamentária como alegou o presidente, é preciso estudar formas de garantir fundos e incentivos para esse programa tão importante para a dignidade feminina, para que essas jovens e mulheres conquistem esse direito sem constrangimento gênero e justiça social no nosso país.




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