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Política, Comunicação, Mercosul e Planejamento foram alguns Temas do Curso para sindicalistas do Sul do País


31/08/2021

O Projeto “Curso de Formação Político-sindical”, que vem sendo implementado há mais de três anos, é fruto da Parceria entre a União Geral dos Trabalhadores (UGT), e o Instituto Solidarity Center (AFL-CIO), e tem sido executado através da Secretaria de Organização e Formação Político-sindical, para sindicalistas de todo país, filiados à UGT.


O Curso de Formação Política para os sindicalistas da Região Sul, realizado do dia 23 a 26 de agosto, abordou temas cruciais para o fortalecimento dos sindicatos e das lutas das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, neste momento de graves ataques do governo Bolsonaro aos direitos, à democracia e à vida da população.


Na exposição do Tema, “A Crise Política, Econômica, Sanitária e Social no Brasil. Quais as Ações dos Sindicatos?”, o Professor Doutor Dari Krein, diretor do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, da Unicamp (CESIT/UNICAMP), deixou clara a necessidade de o Movimento Sindical entender a questão do trabalho como centralidade, pois, caso contrário, o país irá conviver com o aprofundamento do desemprego, da miséria e das desigualdades sociais. Além disso, é essencial o envolvimento dos sindicatos e dos trabalhadores, em conjunto com a sociedade, nas lutas em defesa das proteções sociais; dos “Trabalhos socialmente relevantes para todas as pessoas”: nas atividades sociais, ambientais, culturais, lazer, esporte, entre outras. Para Dari Krein, é preciso intensificar a luta pela redução da jornada; pela renda básica cidadã; pelo combate de todas as formas de discriminação; pelo fortalecimento das instituições públicas; pela defesa da representação coletiva dos trabalhadores.



Já o Tema “A Luta Sindical no Contexto Internacional” exposto pelo Oficial de Programa do Solidarity Center, para o Brasil e América Latina, Gustavo Garcia, levantou questões como o avanço do neoliberalismo no mundo, que tem levado os governos a executarem políticas que retiram direitos, com diminuição dos salários, aumento da Jornada de Trabalho, além da retirada do papel Social do Estado. Para Gustavo, a presença dos sindicatos na base de trabalhadores, debatendo com profundidade os problemas atuais; organizar e planejar para encontrar saídas que, de fato, resolvam as questões postas, é o caminho que dará melhor resultado para a retomada e fortalecimento dos sindicatos. Só desta forma será possível reverter essa drástica situação. E, para isso, a filiação e participação dos Sindicatos e das Centrais Sindicais nos Fóruns Internacionais junto as Confederações Sindicais Globais, as Organizações Regionais e Federações Sindicais é fundamental para reforçar a luta dos trabalhadores em nosso país.



A palestra sobre “O Mercosul e Imigrantes”, realizada pelo Secretário de Integração para as Américas da UGT, Sidnei Corral, abordou que o Mercado Comum do Sul ou Mercado Comum Cone Sul, é um bloco econômico bastante importante para a América Latina, o qual é composto pelos Países Membros, Associados e Observadores. A formação do Mercosul resulta da tendência mundial de constituição de blocos regionais de países, impulsionada pelo processo de globalização da economia. E uma das principais características do Mercosul é a livre circulação de pessoas e serviços. Isso significa que profissionais de várias áreas (médicos, professores, jornalistas, entre outros) podem exercer suas funções em qualquer um desses países (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai), com diploma válido, além da entrada permitida apenas com o documento de identidade do país de origem.



“As Reformas do Governo Federal (Trabalhista, Previdenciária, Administrativa, etc.), e os Impactos e Reações dos Sindicatos”, teve como palestrante o sociólogo, consultor técnico das Centrais Sindicais, professor e ex-diretor técnico do DIEESE, Clemente Ganz Lúcio. Em sua opinião, a desregulação do mundo do trabalho serviu como base para facilitar e favorecer a reorganização do sistema produtivo e a redução do custo do trabalho para favorecer a competição globalizada. E que as reformas neoliberais do governo Bolsonaro têm como objetivos ampliar os espaços ocupados pelo Mercado e reduzir o papel do Estado ao mínimo, promovendo a maior desigualdade social já vista no país, escancarada durante esse período de Pandemia do Coronavírus.



“A Participação Sindical na Política”, palestra do diretor do DIAP, atualmente licenciado para terminar sua especialização, Antônio Augusto de Queiroz, ressaltou que as consequências dessas políticas neoliberais implementadas pelo governo Bolsonaro e pelo Congresso Nacional são graves e ameaçam o presente e o futuro do Brasil enquanto nação, pois, tem como resultado, um Estado fraco para coordenar um Projeto Nacional de Desenvolvimento; um baixo crescimento econômico, com baixo incremento da produtividade; a queda na qualidade do desenvolvimento social; uma crise ambiental crescente; o aumento das desigualdades, as crises políticas e sociais e respostas autoritárias e regressivas. E, portanto, é preciso que os sindicatos debatam com os trabalhadores/as, dando-lhes consciência da importância de se tornarem agentes do processo político em curso, incentivando a participação nos processos eleitorais, com candidaturas de trabalhadores e democráticas, pois é urgente as mudanças na presidência do país, bem como na composição do Congresso Nacional para evitar a barbárie.


“Como usar as Ferramentas da Comunicação e os Conteúdos, de forma a atender os objetivos Políticos e Organizativos dos Trabalhadores/as?”, foi ministrado pelo Jornalista João Andrade, Consultor em Comunicação e Marketing Sindical e Político. O Jornalista ressaltou que em uma conjuntura de grave crise política, econômica, social e sanitária como a que estamos enfrentando; com um governo e um Congresso Nacional, onde a maioria apoia as atrocidades do presidente, é imperativo que o Movimento Sindical responda a seguinte questão: “A COMUNICAÇÃO que estamos promovendo, dialoga com toda essa CONJUNTURA?”. Para ele, estamos vivendo um período de incertezas, onde o governo Bolsonaro tem promovido, constantemente, condutas e práticas antisindicais; a precarização das relações de trabalho; a desindustrialização; o desemprego; a volta da carestia de vida; a destruição do meio ambiente; a política negacionista de combate à Pandemia; o fundamentalismo religioso; o machismo; a misoginia; o racismo; a xenofobia; a homofobia e a transfobia; entre outras políticas que disseminam o ódio, o individualismo, o combate às ações coletivas e solidárias. Portanto, mais do que nunca, a Comunicação Sindical tem relevância estratégica na luta dos trabalhadores/as na atualidade.



O professor Erledes Elias da Silveira, iniciou a exposição do tema “Planejar para Organizar: A importância do Planejamento Estratégico das Ações Políticas, Sindicais e Sociais”, chamando a atenção para refletirmos sobre os objetivos do Curso, destacando questões como a necessidade de discutir métodos para uma campanha de sindicalização eficaz e eficiente; refletir sobre questões importantes para a definição de ações frente a nova realidade sindical; refletir sobre a importância do sindicato de planejar suas ações político-sindicais e sociais; discutir as linhas básicas do Planejamento Estratégico para a gestão sindical; diagnosticar a situação em que se encontra o Movimento Sindical; e apontar caminhos para colocar em prática essas ações  para o fortalecimento da luta dos trabalhadores. Para Erledes, sem Planejamento tático e estratégico fica difícil fortalecer o sindicato, fazer boas campanhas e obter vitórias significativas.






 




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