30/08/2021
O Brasil atravessa um dos
momentos mais difíceis de sua história desde a declaração de independência, em
7 de setembro de 1822, há 199 anos.
São quase 15 milhões de
desempregados, 6 milhões de desalentados, outros 6 milhões de inativos que
precisam de um emprego e mais 7 milhões ocupados de forma precária. Inflação
alta, carestia e fuga de investimentos. Aumento da fome e da miséria,
crescimento da violência, insegurança alimentar e social. Escalada autoritária
e uma calamitosa gestão da pandemia do coronavírus. Sem falar nas crises
ambiental, energética, entre tantas outras.
Ao invés de agir para resolver os
problemas, que são decorrentes ou agravados pelo caos político que se instalou
em Brasília na atual gestão, o governo os alimenta e os utiliza para atacar os
direitos trabalhistas, precarizando ainda mais o já combalido mercado de
trabalho. O próprio presidente se encarrega de pessoalmente gerar confrontos
diários, criando um clima de instabilidade e uma imagem de descrédito do
Brasil. E ele ainda tem o desplante de culpar as medidas de contenção do vírus
pelo fechamento de postos de trabalho, ignorando que a pandemia já matou
precocemente quase 600 mil brasileiros!
Ninguém aguenta mais. Vivemos no
limiar de uma grave crise institucional. A aparente inabilidade política
instalada no Planalto que acirra a desarmonia entre os poderes da República,
esconde um comportamento que visa justificar saídas não constitucionais e
golpistas.
Quem mais sofre com esta situação
dramática é o povo trabalhador, cada vez mais empobrecido e excluído, e cada
vez mais dependente de programas sociais que, contraditoriamente, encolhem.
O país não pode ficar à mercê das
ideias insanas de uma pessoa que já demonstrou total incapacidade política e
administrativa e total insensibilidade social. É preciso que o legislativo e o
judiciário em todos os níveis, os governadores e prefeitos, tomem à frente de
decisões importantes em nome do Estado Democrático de Direito, não apenas para
conter os arroubos autoritários do presidente, mas também que disponham sobre
questões urgentes como geração de empregos decentes, a necessidade de programas
sociais e o enfretamento correto da crise sanitária.
Esse movimento dever ser
impulsionado pela sólida união dos trabalhadores e suas entidades
representativas, bem como por todas as instituições democráticas, a sociedade
civil organizada, enfim, todos os cidadãos e cidadãs que querem redirecionar
nosso país para uma trajetória virtuosa em benefício do povo. Para isso
precisamos, antes de tudo, lutar contra o desgoverno que ocupa a presidência da
República!
Que a Semana da Pátria consagre, pela via da luta firme e decidida de todo povo, um Brasil que quer seguir como uma nação, democrática, plural, terra de direitos, capaz de pavimentar um futuro de liberdade, soberania, justiça social e cidadania para todos!
São Paulo, 30 de agosto de 2021
Sérgio Nobre,
Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força
Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT
(União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB
(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da
NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB,
(Central dos Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário
Executivo Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio,
Secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA,
Central do Servidor
Emanuel Melato, Intersindical
instrumento de Luta
UGT - União Geral dos Trabalhadores