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A LUTA SINDICAL NO CONTEXTO INTERNACIONAL


19/08/2021

 

Alexis De Simone, Oficial de Programas Sênior – Solidarity Center- AFL-CIO em Washington-DC, Estados Unidos, foi a primeira palestrante do segundo dia do Curso de Formação Político-sindical, e fez sua exposição sobre o tema “A Luta Sindical no Contexto Internacional” para os mais de 100 dirigentes sindicais da Região Sudeste. O referido tema teve como Mediadora a Diretora do Sindicato dos Bordados de Ibitinga e Vice-presidente da UGT Nacional, Cássia Bufelli.

Alexis iniciou sua palestra dizendo que a situação dos trabalhadores brasileiros não é muito diferente do restante do mundo. O avanço do neoliberalismo tem levado os governos a executarem políticas que retiram direitos, com diminuição dos salários, aumento da Jornada de Trabalho, entre outros, além da retirada do papel do Estado enquanto função social.

Para a diretora do Solidarity Center, a presença dos sindicatos na base de trabalhadores, debatendo com profundidade os problemas atuais, organizar, planejar para encontrar saídas que, de fato, resolvam as questões postas, é o caminho que dará melhor resultado para a retomada e fortalecimento dos sindicatos. Só desta forma será possível reverter essa drástica situação.

Neste sentido, a filiação e participação dos Sindicatos e das Centrais Sindicais nos Fóruns Internacionais junto as Confederações Sindicais Globais, as Organizações Regionais e Federações Sindicais é fundamental para reforçar a luta dos trabalhadores em nosso país.

 

Portanto, entidades como a Federação Mundial de Sindicatos – FMS, a Confederação Sindical Internacional (ou Global); - CSI, A Federação Internacional de Trabalhadoras Domésticas, a Federação Internacional de Jornalistas (que é a maior organização de jornalistas do mundo), a Federação Internacional dos Trabalhadores em Transporte, a União Internacional de Alimentos, Agricultura, Hotelaria, Restauração, Catering, Tabaco e Associações de Trabalhadores, a recém criada IndustriALL/Brasil e a Organização Internacional do Trabalho – OIT, que é uma agência multilateral da Organização das Nações Unidas, especializada nas questões do trabalho, especialmente no que se refere ao cumprimento das normas (convenções e recomendações) internacionais são organismos e entidades, onde os trabalhadores, através dos seus sindicatos, podem se fazer representados nas lutas em defesa dos direitos, contra as ações perversas do capital e dos governos.

O Mercosul na vida dos Trabalhadores/as

O segundo tema, exposto pelo Secretário de Integração para as Américas da UGT, Sidnei Corral e pelo Oficial de Programa para o Brasil e América Latina do Solidarity Center, Gustavo Garcia, tratou sobre as questões do Mercosul e os Imigrantes. O que reforçou a importância da participação dos sindicatos e trabalhadores nos espaços e Fóruns Internacionais, unificadores das lutas trabalhistas e defesa da Relação de Trabalho, que garanta os direitos, a democracia e uma vida digna para os trabalhadores e trabalhadoras. A Presidente do Sindicato dos Bordados de Ibitinga e Secretária de Políticas Públicas da UGT, Josineide de Camargo Souza, foi a Mediadora desse tema.

O Mercosul - Mercado Comum do Sul ou Mercado Comum Cone Sul - é um bloco econômico bastante importante para a América Latina, o qual é composto pelos Países Membros, Associados e Observadores. A formação do Mercosul resulta da tendência mundial de constituição de blocos regionais de países, impulsionada pelo processo de globalização da economia.

Os países Membros Efetivos do Mercosul são os que fizeram parte de sua fundação ou aqueles que ingressaram após a criação do bloco, em 26 de março de 1991, e são eles: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Por motivos políticos, a Venezuela está suspensa do Mercosul desde 05 de agosto de 2017. Tem ainda os países Associados como a Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname; e os países Observadores, México e Nova Zelândia.

Uma das principais características do Mercosul é a livre circulação de pessoas e serviços. Isso significa que profissionais de várias áreas (médicos, professores, jornalistas, entre outros) podem exercer suas funções em qualquer um desses países (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai), com diploma válido, além da entrada permitida apenas com o documento de identidade do país de origem.

Os processos de integração regional surgem como contraponto à globalização econômica, resultante da necessidade de os países situados numa mesma região se congregarem, para proteger suas economias dos efeitos negativos da mundialização, reunindo capitais, tecnologias, recursos humanos, e promovendo medidas conjuntas nos vários campos de atividade para dinamizar o progresso material e social de seus povos e, por esse meio, lograr o desenvolvimento econômico com justiça social, que implica melhoria de suas condições de vida.

Os Direitos Sociais e Trabalhistas no Processo de Integração do Mercosul!

Além da grande estrutura organizacional, há em sua estrutura Subgrupos, reuniões e grupos que se subdividem em comissões, foros ou outras unidades com as mais diversas denominações, como foros de negociação. Os Assuntos Trabalhista, Emprego e Seguridade Social, são tratados no Subgrupo de Trabalho Nº 10, e é um órgão de apoio técnico do Grupo Mercado Comum (GMC), tendo a competência de analisar as matérias de natureza trabalhista e previdenciária, bem como propor a esse órgão executivo as medidas e fazer-lhe as recomendações compatíveis com o desenvolvimento do processo da integração regional.

 Sua composição é tripartite, ou seja, dela fazem parte representantes dos governos, dos empregadores e dos trabalhadores compreendidos no âmbito do Mercosul. Por isso, ele serve como amplo espaço de negociação entre esses três segmentos, acerca das questões socio-laborais envolvidas na formação do Mercado Comum. Na formulação e desenvolvimento dos temas de sua pauta de negociação, adota-se na prática o consenso, inspirada no princípio do diálogo social, o que torna mais consistentes e duradouras as propostas e soluções por ele apresentadas ao Grupo Mercado Comum.  A UGT conta com dois representantes nesse espaço: A Cássia Bufelli e o Sidnei Corral.

“Apesar de as relações no Mercado Comum terem um enfoque eminentemente mercantilista, pode-se afirmar que a problemática trabalhista se insere no contexto de dispositivos do Tratado de Assunção (art. 1º, penúltimo parágrafo). Isso porque o fator trabalho é, sem dúvida, um dos componentes do custo do produto, que, por seu lado, é o elemento objetivo que balizará as condições de competitividade do produto no Mercado Comum frente a um similar fabricado em qualquer dos Estados-Partes.” (TEIXEIRA FILHO, 1996, p. 457).



Kássia Bufelli 



Josineide de Camargo



Alexis de Simone 



Sidnei Corral - Secretário Internacional para Assuntos das Américas - unnamed



 

Suely Torres




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