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Comunicação sindical:Seminário Regional sobre Democratização da Comunicação e Estratégias Sindicais em Montevidéu, Uruguai


12/08/2011

03/08/2011
O Seminário Regional sobre Democratização da Comunicação e Estratégias Sindicais começou na manhã de 02 de agosto em Montevidéu, Uruguai, com as boas vindas de Alvaro Padron, da Friedrich Ebert Stiftung (FES).
É necessário que se comemore o fato de que o movimento sindical surgiu como mais um ator na luta pela democratização das comunicações na América Latina", disse ele. "Esta é uma grande notícia". O seminário, que se realiza em Montevidéu de 2 a 3 de Agosto, é a continuação da reunião que, em 2010, formou a Rede de Comunicação Sindical das Américas e redigiu a Declaração de Montevidéu sobre comunicação e sindicalismo na região. Mais de 30 jornalistas e líderes de onze países estão reunidos para dar continuidade às discussões.
Para o dirigente da FES Regional não é suficiente para que as centrais sindicais tenham uma comissão de imprensa e propaganda, mas que a comunicação seja uma estratégia de toda a organização, a partir de níveis superiores. Alvaro Padron citou o exemplo da Confederação Sindical das Américas (CSA), onde a questão é tratada pela Secretaria Geral como uma prioridade do movimento sindical.
A discussão sobre a comunicação sindical e o estabelecimento de uma Rede de Comunicadores Sindicais das Américas é parte de uma discussão mais ampla que já há algumas décadas se realiza na região: a democratização da comunicação. Isto significa não só o acesso à mídia como espectadores, mas principalmente como produtores e emissores de discursos e relatos sobre a realidade.
Assim, Gustavo Barn, da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e da Federação dos Trabalhadores da Imprensa da Argentina (FATPREN), forneceu dados sobre a concentração do poder da mídia na América Latina. Atualmente, apenas um punhado de grupos empresariais controla a mídia na região: Globo, Clarín, Televisa, Prisa, Repretel, Telefónica, e Igreja Universal do Reino de Deus, entre outros, têm um monopólio sobre as comunicações de rádio, TV , jornais, publicações, internet, desde o Rio Grande à Terra do Fogo.
Para Barn, uma maior incidência do sindicalismo na comunicação é uma questão de coordenação entre as diversas forças existentes na América Latina. "As centrais têm sindicatos de trabalhadores da imprensa e têm o apoio de fundações e federações internacionais. Ou seja, existem recursos humanos e financeiros disponíveis. Podemos fazê-lo."
Por sua vez, Linares Alejandro da Associação Mundial de Rádios Comunitárias na América Latina e Caribe (AMARC-ALC), trouxe a experiência da Agência Pulsar, que agrega e distribui notícias de rádios comunitárias e livres em toda a região. "A parceria entre a rádio comunitária e o movimento sindical é possível e estamos interessados nela", disse ele."Relatórios que nos chegam sobre a situação dos trabalhadores vêem principalmente da CSA. Tal foi o caso da Lei Chorizo no Panamá. Mas podemos expandir a rede."

Fonte:"Americas Info" - Informativo da CSI-CSA"


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