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Junho: mês da visibilidade LGBT


28/06/2021

O mês de junho é considerado o mês mundial da visibilidade LGBTQIA+. Essa data surgiu a partir de um ato de violência policial que se deu em Nova Iorque, nos Estados Unidos. No dia 28 de junho de 1969, quando a polícia invadiu um bar conhecido por ser o ponto de encontro da população LGBT da época. Mesmo com a ação policial, as pessoas resistiram à repressão. Assim, a data ter virou um marco para a visibilidade e resistência dessa minoria social.

A comunidade LGBTQIA+ diz respeito a todos os sujeitos que não se identificam com a heterossexualidade (atrair-se sexual e/ou afetivamente pelo sexo oposto) ou com os papeis de gênero (homem ou mulher) que lhe foram impostos biologicamente ao nascer. Quando falamos de heterossexualidade e identidade de gênero, é importante ressaltar a pressão social, política e cultural em normatizar e aceitar apenas sujeitos que se identificam com seu sexo biológico (indivíduos cisgênero) e que sejam atraídos apenas por pessoas do sexo oposto, motivando relacionamentos monogâmicos e que construam uma família tradicional: de mãe, pai e filhos de acordo com os padrões do nosso contexto social.

 

Por que é necessário trazermos esse tema à tona?

 

Como falado acima, a sociedade impõe como aceitável apenas a heterossexualidade e encara a identidade de gênero como igual ao sexo biológico. Todos que fogem, de alguma forma, a esta regra, estão suscetíveis a preconceitos e discriminações que não só criam sofrimento emocional à pessoa pertencente à comunidade, como, muitas vezes, violência física e assassinatos.

A homofobia - este preconceito contra pessoas da comunidade LGBT - é um fenômeno estrutural que perpassa diversas camadas da sociedade e em também diversas formas e intensidades. A necessidade de trazermos esse assunto vem principalmente da luta pela conquista e defesa dos direitos, segurança, equidade e saúde dessas minorias.

Para fortalecer essa luta de resistência, o primeiro passo é falar sobre o assunto, fazer o problema de a homofobia vir aos holofotes e normalizar a existência fora da heterossexual e binária (homem/mulher), ou seja, dar visibilidade ao movimento social. O mês da visibilidade LGBTQIA+ tem esse objetivo claro, junto com o debate para nos apropriarmos do tema e desconstruirmos a heterossexualidade como regra máxima e única forma viável de se viver. Afinal, por que apenas um grupo específico de pessoas deveria poder amar e se relacionar livre e dignamente?

O sindicato se vê emergido nessa mesma sociedade de preconceitos e desigualdades. Quando falamos de garantir e conquistar direitos, também falamos na inserção do mercado de trabalho, na aceitação social e no acesso à educação. Há a responsabilidade social do sindicato em englobar fatores como a luta contra a homofobia, contra o racismo e machismo, daí o destaque para o mês de junho e a luta lgbtqia+ dentro da plataforma desta organização.

 

           Continue lendo sobre essa temática no texto a seguir: (colocar link para texto de identidade de gênero)

 

 

 

 

 

Junho: Mês da visibilidade LGBT

 

O mês de junho é considerado o mês mundial da visibilidade LGBTQIA+, essa sigla representa o conjunto/comunidade de pessoas que não se identificam com a orientação sexual heterossexual e/ou que não se identificam em gênero com o sexo biológico. Para esclarecer esses parâmetros, trazemos aqui algumas definições:

 

O que é Orientação Sexual: refere-se à direção e/ou inclinação de desejo afetivo-erótico de uma dada pessoa, podendo ser um desejo por pessoas do mesmo sexo (homossexual), do sexo oposto (heterossexual), ou por pessoas de ambos os sexos (bissexual) e, ainda, por pessoas livremente independendo a identidade que possui (bissexual, pansexual).

           Usamos o termo “orientação”, ao invés de “opção”, porque a palavra “opção” implica a ideia de escolha individual (sendo que a sexualidade não o é). Esse conceito enfraquece o movimento social lgbt e a garantia de seus direitos a partir de um viés heteronormativo, ou seja, que impõe a heterossexualidade como norma e padrão daquilo que é aceitável, única e exclusivamente, pelo social. Em outras palavras, não existe escolha quando se trata de sexualidade, sendo esta uma condição subjetiva. Se há a insistência em usar “opção” é pelo forte preconceito estrutural, já existente, contra a comunidade LGBTQIA+.

 

O que é identidade de Gênero: Muitas vezes confundida com a orientação sexual, a identidade de gênero refere-se à forma como a pessoa se reconhece e quer ser reconhecida pelos demais. Nela, inclui a forma que agimos, nos vestimos, comportamos, andamos e falamos (todos os fenômenos que caracterizam a nossa subjetividade).

O termo TRANSGÊNERO, é usado para reunir as necessidades e exigências de travestis e transexuais, conjuntamente. Ele é controverso e, por vezes, inadequado, já que trata da mesma forma demandas que são, geralmente, diferentes e únicas. Além disso, o termo “transgênero” também é utilizado para designar outras manifestações de identidade de gênero como, por exemplo, as/os transformistas (chamados, em outros países como cross-dresser) ou drag-queens: pessoas que se utilizam de elementos estereotipados de um determinado gênero (masculino ou feminino), para realizar uma apresentação artística ou mesmo satisfazer a um desejo pessoal de sentir-se de outro gênero, por alguns instantes. Existem também, além da(o) travesti, as pessoas transexuais que não reconhecem o sexo biológico e o corpo que têm como seus, ou seja, são pessoas que se reconhecem de um determinado sexo, mas o seu corpo é, biologicamente, do sexo oposto. Frequentemente, buscam adequar cirurgicamente seus corpos, para aproximarem-se do sexo que se reconhecem ou apenas para adequar a imagem corporal ao que desejam.

É muito comum os sujeitos transgênero serem considerados homossexuais, por usarem elementos socialmente classificados como do sexo oposto ao seu sexo biológico. Esse enlaçamento dos papéis sociais de gênero (classe de eventos e características que são divididas entre masculino e feminino) leva a maioria das pessoas a assumirem que se trata também da orientação sexual. Mesmo que a orientação sexual não esteja em voga quando falamos de identidade. Uma trata do desejo sexual, enquanto a outra diz respeito à forma em que a pessoa se identifica e se sente no mundo.

 

Resumindo: a diferença entre Cisgênero e Transgênero é a identificação comparativa ao sexo biológico, portanto - o cisgênero identifica-se com o sexo biológico com o qual nasceu, enquanto que o transgênero é aquele que se identifica com um gênero diferente daquele que lhe foi dado ao nascimento.

 

Sobre a própria sigla LGBTQIA+: Nascido sob a sigla GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), o movimento político e social de inclusão de pessoas de diversas orientações sexuais e identidades de gênero mudou muito e passou a incluir pessoas não heterossexuais e não cisgênero. Assim, sua sigla cresceu e incorporou diversas iniciais, todas elas igualmente importantes, mas várias desconhecidas por muita gente. Entenda o que significa cada uma delas e qual o sentido do “+” em seu final.

         LÉSBICAS: Mulheres que sentem atração afetiva sexual pelo mesmo gênero.

         GAYS: Homens que sentem atração afetivo sexual pelo mesmo

         BISSEXUAIS: Homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros Masculino e Feminino.

         TRANSEXUAIS OU TRANSGÊNEROS: Pessoas que se identificam com outro gênero que não aquele atribuído no nascimento. Relacionado a identidade de gênero e não a orientação sexual/afetiva.

         QUEER: Pessoas que se auto identificam como gênero Queer transitam entre gênero masculino e feminino, ou em outros gêneros nos quais o binarismo não se aplica.

         INTERSEXO: Pessoas cujo desenvolvimento sexual corporal, expressados em hormônios, genitais, cromossomos, ou outras características biológicas, não se encaixam na norma binária.

         ASSEXUAL: Pessoas que não sentem atração afetiva e/ou sexual por outras pessoas independentemente do gênero.

         +: todas as outras formas de orientação sexual ou identidade de gênero que não pertencem à classe hegemônica

 

Caso você se identifique com alguma orientação ou identidade citada e acredita que esteja passando por sofrimento psicossocial devido aos preconceitos e discriminações existentes na nossa sociedade heteronormativa, busque apoio psicológico. Para aprofundar neste debate, trazemos os centros de referência, mais especificamente, à população LGBTQIA+:

 

Centros de Referência: são unidades da rede SUS que prestam atendimento a públicos ou situações específicas, através da assistência propriamente dita ou, em determinados casos, oriundos da atenção básica, criados pelo governo Haddad em 2016, é uma iniciativa da prefeitura de SP, que envolve todos os centros de cidadania; Sul, Leste, Centro e Oeste. Estas unidades também se constituem em campo de pesquisa em suas áreas. Eles não necessariamente fornecem os serviços em si, mas são orientação e auxílio para o público específico que atendem. Dentre os centros, existem aqueles que focam na comunidade lgbtqia+, como é o caso do centro de referência a cidadania lgbt Laura Vermont. Ele possui duas grandes iniciativas: o programa “Portas Abertas” e a “Transcidadania”.

O programa “Portas Abertas” atende LGBTQIA + em geral, para pessoas acima de 18 anos ou acompanhada de responsáveis, tendo uma equipe multidisciplinar, que inclui assistente social, psicólogo e advogado. Com finalidade de acolhimento, orientação e encaminhamento.

Já a iniciativa Transcidadania é voltada para pessoas, sejam mulheres ou homens, transexuais ou travestis em situação de vulnerabilidade, desempregadas ou com ameaça de situação de rua. Um dos fatores considerados é a parada dos estudos. Pela alta taxa de evasão escolar e baixo nível educacional dessa população, a iniciativa encarrega-se de fornecer bolsa de estudos de até dois anos com salário mínimo. O objetivo desse projeto é, sobretudo, a reinserção no mercado de trabalho.

Se quiser conhecer mais sobre o trabalho do centro de referência, vá em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/lgbti/rede_de_atendimento/index.php?p=271098

 

Ou na página de face book do próprio Laura Vermont: https://www.facebook.com/cclgbtilestesp/

 

Projetos independentes: Além dos Centros de Referência, existem projetos paralelos que oferecem apoio psicológico gratuito à população LGBTQIA+. Para mais informações, busque os perfis do Instagram:

@interatrans

@cantobaoba (também com ênfase em questões raciais)

@transcenderlgbtqia

 

 

 

 

Referências:

 

 

http://www.adolescencia.org.br/site-pt-br/orientacao-sexual

 

https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/11/17/o-que-e-identidade-de-genero-como-isso-impacta-na-vida-das-pessoas.htm

 

https://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/psicologa-explica-diferenca-entre-identidade-de-genero-e-orientacao-sexual.ghtml

 

https://www.gall.com.br/artigo/o-que-significa-a-sigla-lgbtqia?gclid=CjwKCAjwt8uGBhBAEiwAayu_9bSx9HQoA_z7IA9XJBx6yiTYX0a2B6d1ucXuYFT8ueFNpMEvmwUgbBoCz54QAvD_BwE




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