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Construção reduz projeção de crescimento de 4% para 2,5% em 2021


30/04/2021

Insumos em alta, instabilidade e risco de obras pararem freiam euforia do setor

 

A Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) revisou para baixo a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do setor para 2021. Dos 4% previstos em janeiro, a entidade agora estima que o resultado não passe de 2,5%.

 

O corte no orçamento dos fundos de Arrendamento Residencial (FAR) e de Desenvolvimento Social (FDS) ainda poderá piorar esse resultado e a entidade não descarta nova revisão para baixo.

 

Esses fundos perderam boa parte dos recursos previstos para 2021 no pacote de vetos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Orçamento, resultado de um acordo para viabilizar a sanção da peça.

 

As entidades ligadas à indústria de obras calculam que 215 mil unidades residenciais estejam sob risco de paralisação caso o governo não resolva a questão de caixa. No FAR, o corte foi de 98%: de R$ 1,54 bilhão, apenas R$ 27 milhões foram mantidos no Orçamento, segundo cálculo do Sinduscon-SP (sindicato da indústria da construção.

 

José Carlos Martins, presidente da Cbic, diz que esse dinheiro é o suficiente para bancar apenas algumas semanas de obras. “São todos contratos antigos ou de obras retomadas, que tinham parado por falta de pagamento”, diz. Para ele, o governo Bolsonaro “tem a obrigação de dar uma solução” para essas obras.

 

Até o momento, a entidade não conseguiu resposta quanto ao que o governo pretende fazer para honrar os pagamentos.

 

Martins chegou a dizer, durante coletiva nesta quinta (29), que a solução poderia vir até mesmo fora do teto de gastos. Depois, disse que o Congresso avalia a readequação de rubricas de gastos. “Com isso, a gente entende que eles devem encontrar um espaço para ajudar o setor”.

 

A indústria da construção também não conseguiu avançar em outros pleitos junto ao governo federal, como os pedidos de redução temporária dos impostos para a importação de insumos e matérias-primas.

 

“A gente entende que o governo tem que dar uma solução para a situação das matérias-primas, e que seja dentro [das regras] do mercado. O governo não tem capacidade de colocar material na praça, mas pode agir com políticas para melhorar a entrada de produtos”, diz o dirigente.

 

Fonte: Folha de SP




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