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A FORMAÇÃO POLÍTICO-SINDICAL É ESSENCIAL PARA FORTALECER A LUTA DOS TRABALHADORES!


28/04/2021

Com o tema “Comunicação como Instrumento para Sindicalizar e Reforçar o Poder dos Trabalhadores”, teve início, no dia 06/04, o 3º Módulo do Projeto de Formação Político-sindical para dirigentes das regiões Norte e Centro-Oeste, realizado pela UGT, em parceria como o Solidarity Center/AFL-CIO. Totalmente no formato online, os cursos aconteceram nos dias 06, 07 e 27 de abril.

 

Na abertura do curso, o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, agradeceu, mais uma vez, os sindicalistas participantes e ressaltou a importância da parceria com o Instituto Solidarity Center, que muito tem contribuído com a formação e o conhecimento dos trabalhadores, especialmente nesse momento de grave crise econômica, política e de saúde, que tem atingido a população fortemente.

 

Em sua fala de saudação aos participantes, Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e Secretário de Organização e Formação Político-sindical da UGT Nacional, lembrou que as Reformas realizadas pelo governo brasileiro, em especial a Trabalhista e Previdenciária, só criaram problemas para o mundo do trabalho e para os sindicatos os quais, infelizmente, estão encontrando enormes dificuldades em lidar com a situação, sempre adversa aos interesses dos trabalhadores e do povo. Por isso, o processo de formação deve ser visto como importante investimento na luta dos trabalhadores e trabalhadoras do país.

 

A Diretora do Solidarity Center, Alexis De Simone, ressaltou a satisfação que o Instituto tem com o trabalho realizado em parceria com a UGT, pois, em muitas regiões do Brasil os resultados estão sendo positivos e a ideia é continuar avançando para fortalecer os trabalhadores e suas entidades sindicais.

 

O professor Erledes da Silveira, Coordenador Executivo da Secretaria de Organização e Formação Político-sindical da UGT (que por motivo de saúde não participou do último dia do curso, realizado em 27/04) e Gustavo Garcia, Oficial de Programa do Solidarity Center no Brasil, fizeram questão de passar para os sindicalistas o papel que os sindicatos devem ter na atual conjuntura, bem como o significado da formação para os enfrentamentos das crises que estão postas no nosso país e no mundo.

 

A Comunicação na Ação Sindical

 

Alexis De Simone, diretora do Solidarity Center, iniciou sua exposição questionando sobre o que a sociedade pensa dos sindicatos e como a grande mídia os trata no Brasil. Ela aponta que as dificuldades existentes no nosso país não são diferentes das que ocorrem nos Estados Unidos e em outros países, principalmente com a intensificação da crise do capitalismo e da crise da pandemia que atinge o mundo.

 

Por isso, para enfrentar essas dificuldades e avançar nas lutas em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, é fundamental entender e enxergar a Comunicação como Ação dos sindicatos junto aos trabalhadores e a sociedade, realizando parcerias com os vários setores organizados da população, na luta para encontrar soluções aos problemas dos trabalhadores e trabalhadoras, sejam eles relacionados com as questões trabalhistas, sociais e políticas.

 

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Mídia e Poder: A Comunicação a Serviço de Quem?

 

Marina Silva, Assessora e filosofa, iniciou sua palestra destacando que o neoliberalismo é a forma, mais que perversa, das ações implementadas no mundo pelo sistema capitalista. Ela chama a atenção para a Rede de Poder Corporativo Global, em que as multinacionais, hoje transformadas em grandes corporações, dão materialidade ao projeto neoliberal e significa a emergência de um novo regime de acumulação de capital. Controlam, de forma organizada, uma cadeia produtiva gerando um grande poderEconômico, Político eCultural. Algumas dessas corporações têm o capital maior do que o PIB de numerosos países.

 

Com o avanço do neoliberalismo surgem o desemprego, a quebra e retirada de direitos, os ataques aos sindicatos e as organizações sociais, a destruição do Estado de Bem-estar Social. E o alimento oferecido ao povo é o velho conhecido “pão e circo”, chamado pelos idealizadores desse novo regime de acumulação de capital de “EntreTeTanimento”.

 

A vinculação da dimensão midiática com o sistema corporativo mundial é, em grande parte, indireta, mas muito importante. As campanhas de publicidades veiculadas promovem incessantemente comportamentos e atitudes, centrados no consumismo obsessivo dos produtos das grandes corporações (aglomerados de multinacionais). As empresas de mídia de massa também são grandes corporações. Muitas vezes são parte de grandes conglomerados. A finalidade delas? O lucro. O jornalismo crítico fica em último lugar.

 

Refletir sobre os Meios de Comunicação para Dialogar com os Trabalhadores e com a Sociedade

 

Em sua Palestra “Refletir sobre os meios de comunicação para dialogar com os trabalhadores e com a sociedade”, realizada no dia 07/04, o Coordenador Executivo da Secretaria de Formação da UGT, professor Erledes Elias da Silveira, além de conceituar, pontuou algumas questões essenciais para uma comunicação eficiente com os trabalhadores.

 

Para ele, é preciso que os dirigentes sindicais reflitam sobre a Política de Comunicação que está sendo implementada dentro das suas entidades, que reflitam, por exemplo, se o seu sindicato tem como prioridade o investimento em Comunicação e mais, se existe uma política de comunicação voltada para o conjunto da sociedade, afinal, os trabalhadores sofrem com problemas que vão além da perda dos seus direitos trabalhistas, como a falta de moradia, de transporte público de qualidade, da falta de acesso a educação, a saúde, entre outros.

 

A Comunicação deve ser idealizada como instrumento para sindicalizar e reforçar o poder dos trabalhadores e trabalhadoras. O contato direto é a principal forma, se não a única, de organizá-los e, para isso, os dirigentes sindicais e militantes devem se preparar, tanto do ponto de vista do conteúdo da escrita e da fala, quanto da técnica de uma e da outra.

 

O professor Erledes ainda reforçou que o conteúdo da Comunicação deve refletir o compromisso político e ideológico da entidade sindical, pautado na defesa dos interesses da classe trabalhadora.

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Ativismo Sindical Digital

 

O jornalista João Andrade, da Comunicação & Marketing Sindical e Político, iniciou sua palestra alertando os dirigentes para a necessidade de tornarem a comunicação como prioridade da entidade sindical. Por isso, investir de maneira estratégica em ferramentas de comunicação é vital para que os sindicatos possam desempenhar o seu papel de defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Isso significa que o Ativismo dos Sindicatos de forma Digital é imprescindível à luta na atual conjuntura política.

 

Neste sentido, as Redes Sociais são ferramentas importantes e essenciais para atingir os trabalhadores. Para João Andrade, o planejamento do uso das redes sociais, de maneira estratégica, é o que garantirá a percepção dos trabalhadores de que, de fato, o sindicato é o principal instrumento de defesa dos seus direitos e do seu bem-estar.

As ferramentas mais usadas pelos sindicatos são o Facebook e o WhatsApp, por garantirem uma comunicação mais rápida, mais barata e de maior retorno nas informações realizadas. Porém, é preciso saber usar essas duas ferramentais, caso contrário, o retorno e a participação dos trabalhadores serão prejudicadas.

 

O ativismo sindical digital tem que atingir os trabalhadores e trabalhadoras com os objetivos de conscientizar sobre os problemas da categoria, de se proteger e lutar contra as ofensivas das empresas e do governo, de compreender que é preciso se organizar e atuar junto a entidade sindical, pois, só desta forma será possível barrar o avanço da exploração, como está sendo proposto hoje pelos governos e as grandes corporações.

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A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

 

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) vem no sentido de regulamentar a utilização de dados na internet, com o objetivo de proteger os dados das pessoas; garantir maior privacidade aos titulares dos dados; evitar a proliferação de dados pessoais; e evitar o uso comercial e ilegal desses dados para proteger a identidade e a vida privada dos cidadãos e cidadãs.

 

Segundo o Relatório Kaspersky de 2020, criminosos podem vender dados pessoais e informações confidenciais no mercado ilegal da internet. Os tipos de dados que têm maior valor comercial são cópias de documentos pessoais escaneadas em alta resolução; selfies publicadas em redes sociais, acompanhadas de senhas e login do Facebook e Instagram; dados que possibilitam operações bancárias; dados com números privados de telefones celulares; etc. Os valores das informações variam de 50 centavos a 800 dólares, dependendo do documento.

 

A fiscalização sobre os crimes na internet está a cargo da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão vinculado à Presidência da República, que pode aplicar penalidades que vão desde advertências com prazos para adequações à aplicação de multas de até 50 milhões de reais.

 

Não podemos esquecer que os sindicatos, assim como qualquer outra entidade, se enquadram naLei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e, portanto, se tornam alvos de fiscalização e penalizações nela previstas. Neste sentido, zelar pela proteção dos dados dos sócios, dirigentes, funcionários e das empresas relacionadas à entidade é vital para os sindicatos e suas respectivas diretorias.

 

 

Suely Torres

 




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