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16/04/2011

A organização das categorias de trabalhadores que beiram a margem da exclusão social, a exemplo dos trabalhadores informais, trabalhadores rurais e das colônias de pescadores deram o tom na abertura da Plenária da União Geral dos Trabalhadores - UGT no estado da Bahia, na manhã deste sábado, dia 16 de abril.

Dando continuidade ao trabalho, já realizado em alguns estados da região nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Sergipe) a plenária estadual da Bahia tem como objetivo debater o anteprojeto do documento que será levado para o Congresso Nacional da UGT, a ser realizado nos próximos dias 14, 15 e 16 de julho, no Palácio das Convenções do Anhembi na capital do Estado de São Paulo. Estão previstas plenárias em todas unidades da federação, antes da materialização do congresso nacional.

Aliás começar pelo estados do nordeste do país, não foi uma decisão aleatória, já que a região amarga elevados indicadores de injustiça social, e é marcada por grandes carências. No estado da Paraíba, onde estivemos na terça-feira, dia 12, desta semana, apenas 35% da população tem acesso à água tratada" exemplificou Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, ao explicar o por quê do início dos trabalhos pela região.

Durante a abertura da plenária, o presidente também confirmou que de acordo com dados oficiais do Ministério do Trabalho divulgados na sexta-feira, dia 16, a UGT consolida sua posição como terceira maior central sindical do país, seja em número de sindicatos, como também no número de trabalhadores na sua base.

Com cerca de 180 representantes de entidades sindicais, a plenária de Salvador contou também coma participação de expressivas lideranças políticas do estado como o deputado estadual Carlos Geilson (PTN), Murilo Brito (da executiva estadual do PT), Antonio Profeta (secretário geral do PPS), que compuseram a mesa juntamente com Álvaro Rios, presidente da UGT-Bahia, Magno Lavigne (secretário nacional da Diversidade da UGT, Derivado Jesus Basto (Sindicato dos Securitários), Maria Nilda (Sindicato dos Comerciários), Gino José Filho (Trabalhadores Rurais), Márcio Fatel (Secretaria de Finanças da UGT Bahia), Chiquinho Pereira da Secretaria de Organização e Política Sindical da UGT e o presidente Ricardo Patah.

Para o presidente da UGT-Bahia, Álvaro Rios, as plenárias que a UGT vem promovendo em todos os estados, são de importância fundamental para o crescimento da entidade. "O Brasil ainda está distante das metas que pretendemos e se faz necessário avançar em diversos setores para atingirmos um patamar de dignidade, cidadania e justiça social. É por isso que a UGT está lutando e é para isso que servirão essas plenárias, para que a central cresça com a cara do Brasil que nós queremos", afirmou Álvaro Rios.

O deputado estadual Carlos Geilson (PTN) disse que em próximo pronunciamento na Assembléia Legislativa do Estado, irá destacar a importância desta plenária. "Sabemos que no caminho dos trabalhadores, são incontáveis as dificuldades que enfrentamos. E precisamos estar atentos e alertas. É num congresso como este que se discute o futuro da nação", destacou o deputado.

Pelo fim da esculhambação

O secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT, Chiquinho Pereira, defendeu com veemência a manutenção da contribuição sindical, e conclamou os sindicalistas presentes ao encontro para iniciar uma cruzada no combate ao que ele denominou de "esculhambação do movimento sindical". "Não podemos ceder a pressão da grande mídia, que atende única e exclusivamente aos interesses dos detentores do capital, que querem de todas as formas desmoralizar o movimento sindical e acabar com os direitos e conquistas da classe trabalhadora".

A plenária de Salvador terá continuidade no dia de domingo, quando os grupos de discussão, formados para avaliar os cinco eixos temáticos inseridos no documento, apresentarão suas propostas e sugestões.

Joacir Gonçalves, da Redação da UGT"