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CBF aciona sindicalista por fala sobre Covid, mas acaba derrotada na Justiça


15/03/2021

A CBF falhou ao tentar calar o presidente do Sindicato dos Atletas de SP, o ex-goleiro Rinaldo Martorelli. A entidade máxima do futebol acionou o líder classista por danos morais após entrevista ao comentarista Casagrande, TV Globo. Martorelli afirmara estar apreensivo com a disputa de jogos em meio à pandemia. Na ação, junto à 11ª Vara Cível de São Paulo, a CBF pedia indenização de R$ 5  milhões, alegando que o sindicalista colocara em dúvida a veracidade das informações sobre números da Covid-19 divulgados pela entidade.

Em sentença, dia 24/2, o juiz Luiz Gustavo Esteves negou o pedido e ainda condenou a CBF a pagar 10% do montante requerido em custas processuais e honorários advocatícios.

O juiz ressalta a importância da liberdade de expressão. “Não se vislumbra a intenção do requerido em macular a imagem da autora, razão pela qual se deve prestigiar e resguardar a liberdade de expressão, sob pena de afronta ao próprio sistema sindical”, diz a decisão.

Para Martorelli, a justiça foi feita e mostra as reais preocupações da Confederação. Ele critica: “A CBF administra pessimamente o futebol brasileiro, que está no rumo da extinção, e ainda quer intimidar aqueles que trabalham no sentido oposto, os que têm compromisso com a manutenção e resgate da credibilidade do esporte”.

Riscos - O trabalho pra diminuir riscos de contaminação na categoria é pauta desde o começo da pandemia. Em São Paulo, o Sindicato participa ativamente das decisões tomadas, e os campeonatos transcorreram sem maiores problemas.

Em âmbito nacional, isso não ocorre. Martorelli diz: “Nos Campeonatos Brasileiros, o Sindicato desde o início tenta negociar com a CBF, que, além de continuar prestando um enorme desserviço ao futebol, ainda tenta intimidar quem defende o direito dos atletas”.

Em dezembro de 2020, o Sindicato impetrou ação para que o protocolo fosse complementado com a inclusão do afastamento, por no mínimo 14 dias, dos positivados e pessoas que conviveram com o infectado. Pedido negado.

Os Sindicatos preparam nova medida judicial, a fim de ter a saúde e a vida da categoria preservadas. Para o dirigente, os clubes e a CBF não se importam com os atletas. “Será que tem que morrer um jogador pra mudar essa postura?”, questiona Rinaldo Martorelli.




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