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OIT apresenta dados sobre trabalho infantojuvenil na BA


16/08/2010

16/08/2010

Adolescentes entre 14 e 17 anos da Bahia apresentam índices de trabalho infantojuvenil acima da média nacional. A informação consta de estudo da OIT(Organização Internacional do Trabalho) e divulgada pela Agência Brasil. Os dados apontam que, em 2008, dos jovens da Bahia entre 14 e 15 anos, 21,6% estavam ocupados, enquanto que a média nacional era de 16,5%. Na faixa etária de 16 e 17 anos, esse número é de 34,9% e corresponde a 33,6% da média nacional.

O levantamento da OIT mostra que na faixa abaixo dos 14 anos, os índices para a Bahia em 2008 são de 10,5% para jovens entre 10 e 13 anos e entre a faixa de 5 a9 anos, 1,6%. No Brasil esses índices são de 6,1% (de 10 a 13 anos) e 0,9% (5 a 9 anos). O levantamento mostra que grande parte dos jovens na Bahia trabalham na agricultura, sendo que no resto do Brasil a maioria está em atividades não agrícolas.

Na Bahia, 65,9% das crianças e adolescentes estavam trabalhando na agricultura em 2008, o que representa cerca de 300 mil crianças, enquanto que, no resto do país, esse índice era de cerca de 33%, o que representa aproximadamente 1,5 milhões de crianças. Para a UGT (União Geral dos Trabalhadores) da Bahia, este quadro demonstra a total falta de preocupação dos governos que passaram nos últimos anos no Estado, segundo o Secretário de Relações Institucionais, Magno Rogério Carvalho Lavigne. Os governos estaduais que se sucederam demonstraram um total desapego à situação das nossa crianças o que para nos da UGT é uma prova inequívoca de quer não podemos baixar a guarda em nenhum momento", disse Mágno.

Mágno lembra que o movimento sindical deve cobrar uma melhora nas ações governamentais, "não importando quem seja o governante de plantão", diz o dirigente ugetista. O dirigente cita ainda que a UGT, em sua Carta de Princípios condena todo e qualquer tipo de discriminação no trabalho, defendendo que todos os trabalhadores e trabalhadoras tenham garantidos a igualdade de oportunidades e de tratamento, independentemente de origem étnica, gênero, religião, orientação afetivo-sexual, opinião política, nacionalidade, origem social e situação econômica bem como outros aspectos que podem caracterizá-los.

A justificativa para o estado da Bahia ter um número acima da média nacional de crianças e jovens realizando trabalho agrícola está no fato de as atividades agrícolas terem um forte peso no estado. O estudo mostra ainda que a maioria das crianças e jovens que trabalham no estado são negros e do sexo masculino. Para melhorar a situação do trabalho infantil no estado, o estudo da OIT recomenda que sejam fortalecidos os mecanismos d e informações para o planejamento, acompanhamento e avaliação das políticas públicas de erradicação do trabalho infantil. Além disso, também são necessárias, de acordo com o estudo, o desenvolvimento de políticas que estimulem a geração de emprego e de renda para as famílias mais vulneráveis entre outras ações. O estudo teve como base dados da Pnad ( Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e do Censo do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2008."São dois institutos de confiança que, inclusive, prestam serviços, através de pesquisas, para o governo", conclui Magno Lavigne.

Arlindo Ribeiro/Imprensa UGT/Agência Brasil"


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