25/06/2010
Segundo pesquisa oficial realizada pela Pastoral do Migrante de Guariba, os trabalhadores migrantes representam 80% da força de trabalho no corte de cana-de-açúcar, o que representa uma média de 70 mil pessoas, apenas na região de Ribeirão Preto. É de se pensar que esses jovens (a maior parte deles entre 18 e 24 anos), devem ter condições dignas que os atraem cada vez mais para trabalhar no interior de São Paulo.
No entanto, a mesma pesquisa detectou que entre 2004 e 2008, 21 cortadores de cana morreram devido à condições subhumanas de trabalho, o que levou a Pastoral à denúncias feitas ao Ministério Público Federal. O perfil dos cortadores de cana, atraídos por falsas propostas de prosperidade e oportunidades, são homens, jovens, com baixa escolaridade e boa conduta. Para os contatantes, esses trabalhadores nada mais são do que subordinados, que gozam de boa saúde e podem se submeter ao trabalho braçal duro. Para evitar problemas com fiscalização, atualmente, as usinas preferem contratar aqueles que possuem condições de manter moradia própria, e isso passou a ser um fator de qualificação profissional.
Manter o trabalho precarizado é mais produtivo para as empresas, que não precisam se preocupar com despesas de transporte e alimentação, nem de moradia e saúde básica do trabalhador. O salário é por produção, ou seja, os cortadores sabem que dependem apenas deles mesmos para receber no final do mês, sendo assim, nenhuma responsabilidade cai sobre os ombros do contratante. Esses trabalhadores sabem que estão sendo explorados, no entanto, por ser a única oportunidade disponível de trabalho, preferem continuar nessa situação ao invés de lutar por seus direitos.
As queimadas de cana resultam em problemas muito mais graves, como queimaduras sérias nos cortadores, problemas sérios de saúde e até a morte. A solução para essa situação não é simples. A curto prazo, é necessário o cumprimento da legislação de proteção ao trabalhador, e aumentar a fiscalização e punições necessárias aos responsáveis pelos maus tratos. Os sindicatos também devem participar mais ativamente e lutar pelos direitos desses trabalhadores, e também pela ampliação dos mesmos e melhorias salariais e o apoio à Reforma Agrária. Escravidão em plantações de cana-de-açúcar
Segundo pesquisa oficial realizada pela Pastoral do Migrante de Guariba, os trabalhadores migrantes representam 80% da força de trabalho no corte de cana-de-açúcar, o que representa uma média de 70 mil pessoas, apenas na região de Ribeirão Preto. É de se pensar que esses jovens (a maior parte deles entre 18 e 24 anos), devem ter condições dignas que os atraem cada vez mais para trabalhar no interior de São Paulo.
No entanto, a mesma pesquisa detectou que entre 2004 e 2008, 21 cortadores de cana morreram devido à condições subhumanas de trabalho, o que levou a Pastoral à denúncias feitas ao Ministério Público Federal. O perfil dos cortadores de cana, atraídos por falsas propostas de prosperidade e oportunidades, são homens, jovens, com baixa escolaridade e boa conduta. Para os contatantes, esses trabalhadores nada mais são do que subordinados, que gozam de boa saúde e podem se submeter ao trabalho braçal duro. Para evitar problemas com fiscalização, atualmente, as usinas preferem contratar aqueles que possuem condições de manter moradia própria, e isso passou a ser um fator de qualificação profissional.
Manter o trabalho precarizado é mais produtivo para as empresas, que não precisam se preocupar com despesas de transporte e alimentação, nem de moradia e saúde básica do trabalhador. O salário é por produção, ou seja, os cortadores sabem que dependem apenas deles mesmos para receber no final do mês, sendo assim, nenhuma responsabilidade cai sobre os ombros do contratante. Esses trabalhadores sabem que estão sendo explorados, no entanto, por ser a única oportunidade disponível de trabalho, preferem continuar nessa situação ao invés de lutar por seus direitos.
As queimadas de cana resultam em problemas muito mais graves, como queimaduras sérias nos cortadores, problemas sérios de saúde e até a morte. A solução para essa situação não é simples. A curto prazo, é necessário o cumprimento da legislação de proteção ao trabalhador, e aumentar a fiscalização e punições necessárias aos responsáveis pelos maus tratos. Os sindicatos também devem participar mais ativamente e lutar pelos direitos desses trabalhadores, e também pela ampliação dos mesmos e melhorias salariais e o apoio à Reforma Agrária.
UGT - União Geral dos Trabalhadores