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Cara da política brasileira


20/07/2010

20/07/2010

por Mariana Veltri

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram o perfil dos políticos brasileiros. Em sua maioria, homens com mais de 45 anos, casados e muitos sem ensino superior. São 20.335 candidatos em todo o país. Segundo as estatísticas, os jovens são minoria nessa área. Seria a cara da política brasileira um retrato social? Um país ainda preso a tradições, relutante em inovar ou mesmo o problema está no jovem e sua falta de interesse pela política?

Com base no TSE, são apenas 12% os políticos na faixa etária de 18 a 34 anos. Para o secretário da Juventude da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Elimar Damin Cavaletto, é preciso conscientizar os jovens da importância que eles têm dentro da política. E este é um dos papéis do sindicato.

Bertolt Brecht, poeta e dramaturgo, dizia que o analfabeto político é aquele que ignora a política, por desinteresse e alienação. Por se acharem à margem da sociedade, sem perspectivas de emprego ou melhoria de vida, alguns jovens se envolvem com o crime. Não que este ato seja uma justificativa, mas é parte de uma estatística que deve ser considerada.

Sindicatos e sociedades vêm aproximando o jovem da política. Seja pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (a PEC da Juventude), que trabalha a inclusão dos jovens na sociedade, através de políticas públicas, seja por meios virtuais ou orientações para torná-los mais conscientes.

Com a era das redes sociais, políticos atualizam suas propostas em Facebook, Orkut, Twitter, entre outras redes, para interagir com os jovens, que é a maioria do público desses endereços. Em reportagem na revista Veja, o consultor em marketing digital Cláudio Torres, analisando dados do IBGE e do Comitê Gestor da Internet no Brasil, calcula que 18% do eleitorado é formado por jovens entre 18 e 24 anos com acesso à internet - e expostos às campanhas on-line.

Elimar Cavaletto explica que os jovens já são mais conscientizados de seu papel político. A Secretaria da Juventude, com a UGT, prioriza com muito carinho e responsabilidade essa politização da juventude, com debates, dinâmicas de grupo e seminários", diz. A UGT desenvolve em âmbito nacional o projeto "Juventude e Sindicalismo", que tem como proposta preparar os jovens para atuarem em diretorias de sindicatos, assim como exercer funções dentro de partidos e entender a política. "São em torno de 50 milhões de jovens no Brasil, o que é um quarto da população e que não pode ser ignorada", acrescenta o secretário.

Cavaletto comemora os quase 100% de aproveitamento do programa com jovens do Norte e Nordeste do país, regiões de maioria descrente com política e sindicato. Ele conta que pôde perceber o resgate da confiança do jovem e a função dele na política durante os dois anos de vigência do programa. São novas consciências da vida em cidadania, que estão deixando de lado a ignorância, para tornarem-se participantes

políticos."


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