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ADPD luta para reinserir deficientes na sociedade


12/07/2010



12/07/2010

Deficiente não é incapaz. É com base nesse princípio que a ADPD (Associação Pelos Direitos da Pessoa Deficiente) luta desde 1986 pela reinserção dos deficientes na sociedade. A instituição, que fica em Guarulhos, na Grande São Paulo, conta com mais de 30 mil pessoas cadastradas e atende mais de 200 pacientes por dia. Entre eles, muitos idosos, que vão à ADPD em busca, principalmente, de tratamento gratuito de fisioterapia.

A idealizadora do projeto é Silvana Mesquita da Silva, secretaria nacional de Acessibilidade da UGT, psicóloga e vereadora em Guarulhos. Vítima de poliomielite na infância, ela enfrentou desde cedo as adversidades de uma pessoa deficiente e criou a associação para passar um pouco de sua vivência, além de mostrar que existe trabalho e recuperação para qualquer pessoa, independentemente de sua condição física. De acordo com Silvana, a UGT tem uma missão importante pela frente, que é a conscientização da sociedade. As pessoas precisam compreender que os deficientes devem ter acesso às mesmas oportunidades de trabalho que qualquer um. Além disso, os próprios deficientes precisam acreditar na sua capacidade de superação e reinserção na sociedade.

Existem casos de pacientes que chegaram à ADPD de cadeira de rodas e, após fazer fisioterapia, começaram a andar novamente. Márcia Molina, fisioterapeuta e coordenadora da área de saúde da ADPD, afirma que muitos deficientes físicos acabam não se tratando por falta de informação. Ou seja, a pessoa não sabe ao certo o que tem, é rotulada como incapaz e acaba perdendo um tempo precioso de sua vida.

A aposentada Eletra Arthur de Carvalho, de 65 anos, frenquenta a ADPD há mais de 2 anos. Quando eu vim pra cá eu andava com a ajuda de muletas e hoje eu não preciso mais delas", conta entusiasmada.

A ADPD cuida não só da parte física das pessoas, como da parte psicológica. Enquanto alguns pacientes buscam a reabilitação, outros procuram troca de experiências para dar novo sentido à vida. Silvana Mesquita afirma que muitos desses pacientes chegam sem auto-estima e depois de algum tempo já pensam em procurar trabalho.

Ela lembra também a dificuldade de algumas pessoas para enfrentar o processo de envelhecimento. "A pior situação é de paciente que, ao atingir certa idade, perde seus movimentos ou não tem condições de viver como antes". O que motiva a equipe da ADPD é que quase 100% desses pacientes retomam suas atividades depois de participar de reuniões de auto-ajuda oferecida mensalmente.

Para ajudar na reinserção no mercado de trabalho, a Associação conta com uma oficina protegida, onde os pacientes realizam trabalhos encomendados por empresas. O trabalho é remunerado, e os que se destacarem podem ser contratados.

Bom prato

A ADPD também administra o restaurante Bom Prato de Guarulhos, que serve diariamente 1.500 refeições por apenas R$1,00. O responsável pelo lugar é o cadeirante Firmino Manoel da Silva. Administrador do restaurante, ele diz que o público é variado, mas existe uma procura maior por idosos, que representam um terço dos clientes. "Nossa comida é boa para idosos com problemas clínicos, já que o cardápio é elaborado por uma nutricionista com um mês de antecedência e passa pelo crivo da Secretaria de Agricultura antes de ser servido", ressalta."


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