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Jornalista da UGT assina coluna sobre consumo no Diário de São Paulo


30/03/2010

O jornalista Marco Roza, que integra a equipe de comunicação e assessoria de imprensa da União Geral dos Trabalhadores, passou a assinar desde a segunda-feira, dia 29, a coluna As Razões do Consumidor", publicada no caderno de Economia do jornal "Diário de São Paulo". Marco Roza versará sobre temas ligados a relação de consumo e a defesa do consumidor.
Confira a seguir a íntegra do artigo "A nova relação de consumo", que marcou a estréia da coluna no periódico paulista.
 
As Razões do Consumidor 
Marco Roza

A nova relação de consumo
 
Toda vez que o consumidor entra na loja, ele (ou ela) traz no bolso e nas suas razões um pedaço do salário do vendedor e dos lucros do lojista, do fabricante e dos distribuidores dos produtos expostos. Esse conceito me foi repassado por Celso Amâncio, ex-diretor da Casa Bahia e responsável pelo treinamento de mais de 30 mil funcionários. Por sua vez, o lojista e o vendedor representam todo o processo de relacionamento com os fabricantes e distribuidores dos produtos ou serviços. E no ambiente da loja estabelecem o ritual de venda para repassar a mercadoria ou serviço para o consumidor final.
Até recentemente, as mercadorias tinham existência quase autônoma. Eram fabricadas e empurradas para o consumidor, que não tinha outra alternativa a não ser comprar o carro ou a geladeira disponível. Esse tempo acabou porque a oferta de produtos cresceu e fez emergir na outra ponta da relação um consumidor que decide a cada compra como, quando e quando gastará dos reais disponíveis.
Portanto, o freguês que tem no bolso aquela fração do salário do vendedor e do lucro da cadeia produtiva acabou com a autonomia da mercadoria. O que faz com que a abundância, variedade e qualidade dos produtos e serviços só tenham como confirmar suas existências ao se tornar a escolha que o cliente levará para casa.
Entre as expectativas mais valiosas dos novos consumidores está a transformação da compra num ritual que valorize a auto-estima a sua posição de força. Porque, intuitivamente, eles sabem que têm o poder de fazer as mercadorias se movimentar das prateleiras.
Se os lojistas perceberem esta nova relação com o consumidor, mudarão suas atitudes para entender suas vontades. E se tornarão atentos às expectativas, emoções e manifestações culturais dos seus fregueses.
Estabelecerão novas alianças se vinculando primeiro com suas vontades e depois com os seus bolsos. E a cada venda, tentarão descobrir as razões que motivaram e amadureceram aquela decisão.
Para transformar seus produtos e serviços no vínculo vivo com os consumidores que tem, agora, a capacidade de direcionar seus reais disponíveis para parte do lucro dos lojistas e da cadeia produtiva e para os salários dos vendedores. 
(Diário de São Paulo 30/03/2010)"


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