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A visão de classes trabalhadoras sobre a reforma administrativa do estado brasileiro foi debatida durante o Encontro Integrado para Tomada de Decisão da Associação Comercial da Bahia desta quarta-feira (09), que contou com a presença do presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT/BA), Magno Lavigne.

Coordenador do Encontro Integrado, o vice-presidente da ACB, Paulo Cavalcanti, disse que a reforma administrativa é um tema multissetorial que interessa a toda a sociedade brasileira. “Precisamos fazer esta discussão de forma democrática, com representantes dos trabalhadores, dos empresários, dos funcionários públicos. Todas estas vozes são legítimas. É através desta unidade que as empresas cumprem a sua função social. Apesar de ter um CNPJ, elas não funcionam sem os CPFs.”

Representante de 146 sindicatos da Bahia, Lavigne elogiou a iniciativa da ACB enquanto debate que busca ouvir também a classe laboral. “Alguns setores estão mais próximos do que a gente imagina. Não existe ninguém que não queira fazer uma reforma profunda no estado brasileiro. A questão é que tipo de reforma”, pontuou o representante da UGT Bahia.

“Que estado nós queremos? Qual o tamanho deste estado?”, foram algumas questões que, como avaliou Magno Lavigne durante a live, também interessam às classes trabalhadoras. Como indicou, uma reforma administrativa que destrave a economia brasileira e promova o desenvolvimento do país  precisa “mexer com aqueles que administram o andar de cima do serviço público”. 

“E quais são os setores que estão prioritariamente neste andar? São militares, judiciário, parlamentares e outros setores que não aceitam que as reformas alcancem eles. Esta reforma vai mexer com a estabilidade de uma professora primária. De uma secretária que faz boletim escolar. E a estabilidade em setores do alto escalão do estado? Aqueles que arrebentam a economia?”, bradou o sindicalista.

Magno Lavigne também pregou a união entre trabalhadores e empresários para discutir um caminho para o Brasil onde o serviço público cumpra o seu papel de serviço público e que os empresários possam exercer sua livre iniciativa. “Defendo que empregados e patrões se unam e lancem seus manifestos. Se não for consensual, que defendam os pontos em comum. Que chamem os parlamentares para discutir esta questão”, finalizou.

A segunda temporada dos Encontros Integrados da ACB com foco na reforma administrativa do país é transmitida pela plataforma ZOOM todas as quartas-feiras, sempre às 19 horas.  é Promovida pelo Núcleo Jurídico, tem parceria com o Grupo de Líderes Empresariais (LIDE-BA) e representantes jurídicos de entidades como Fórum Empresarial da Bahia, Sebrae, IMIC, FIEB, Fecomércio, FCDL, Faceb, CDL, ABAP, Sindicombustíveis, dentre outras.