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A LUTA SINDICAL NO CONTEXTO INTERNACIONAL E NACIONAL


08/12/2020

Dando continuação ao Projeto de Formação Político-sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), em parceria com o Solidarity Center/ AFL-CIO, iniciou no dia 07/12, o 1º Módulo (no formato online), com o tema  “Organização e Filiação Sindical para o Fortalecimento dos Sindicatos”, envolvendo, desta vez, dirigentes sindicais das Regiões Norte e Centro-Oeste do país. Esse primeiro módulo será realizado nos dias 07, 09, 10 e 11 de dezembro de 2020, das 09:30 às 12:00 horas.

 

Na abertura do curso, o presidente da UGT Nacional, Ricardo Patah, ressaltou a importância da parceria com o Solidarity Center, em especial por estarmos diante de grandes desafios, onde é necessário ao Movimento Sindical enfrentar três grandes e graves problemas: a crise econômica que tem causado o desemprego para mais de 14 milhões de brasileiros, a pandemia do novo coronavírus e a fragilidade da nossa democracia. Patah justificou a ausência do Secretário de Organização e Formação Político-sindical da UGT, Chiquinho Pereira, que por problemas de saúde na família não pode comparecer nesse primeiro dia do curso. Além disso, ele agradeceu a participação dos sindicatos das duas regiões e reforçou a necessidade da formação político-sindical dos dirigentes na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores.

 

O professor Erledes Silveira, Coordenador Executivo da Secretaria de Organização e Formação Político-sindical da UGT, falou sobre os objetivos do Projeto de Formação, registrando que na atual conjuntura política, onde os ataques do capital nas relações do trabalho são danosas e perversas aos trabalhadores, a formação e o conhecimento se tornam elementos vitais para a política e a organização das entidades de classe e para os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil e do mundo.

 

Exposição dos Temas em debate

 

Os temas debatidos no primeiro dia do curso (7/12), “A luta Sindical no Contexto Internacional e Nacional”, foram expostos pelos representantes do Solidarity Center, Laura Tompkins, Diretora de País do Solidarity Center (AFL/CIO) para o Brasil e Paraguai e por Gustavo Garcia, Oficial de Programas do Solidarity Center no Brasil, respectivamente. 

 

Em sua exposição, Laura Tompkins falou sobre a estrutura organizacional e política do Solidarity Center, presente em mais de 60 países, com escritórios em quase 30 e com trabalhos e programas efetivos na América Latina, na Ásia, na África, no Meio Oriente e Europa Leste, onde tem contribuído com os movimentos sindicais, através de parcerias, para a realização de eventos de Formação, Campanhas Locais e Globais que fortaleçam a luta dos trabalhadores em busca e preservação dos direitos.

 

Laura fez questão de ressaltar a parceria com várias entidades sindicais brasileiras, desde a mais recente como a IndustriALL-Brasil, lançada há pouco tempo pela CUT e Força Sindical, bem como a parceria travada há anos com a UGT, onde tem realizado inúmeras atividades como, por exemplo, campanhas de combate ao racismo, cursos de formação, defesa dos direitos indígenas,  entre outras atividades.

 

Gustavo Garcia, Oficial de Programas do Solidarity Center no Brasil, falou que a luta da UGT em nosso país se conecta com a luta dos trabalhadores e trabalhadoras do mundo, pois, o Mundo do Trabalho se conecta em todo o planeta e que, portanto, as lutas travadas pelos sindicatos brasileiros não é diferente do resto do globo, já que, mundialmente, a exploração do capital sobre a classe trabalhadora se dá em parâmetros muito próximos.

 

Ele aponta que a pauta da luta internacional é ampla e diversa, onde Campanhas Internacionais acontecem todos os dias em todo o mundo (LaborStart, CSI, CSA, CCSCS e outras organizações realizam essas campanhas) e que o papel das Centrais Sindicais é fundamental para conectar os seus sindicatos a essas campanhas e pautas. Gustavo apontou ainda que as federações internacionais de setores também atuam diretamente com os sindicatos. Ele ressaltou que as grandes empresas alinham suas estratégias a nível mundial, e no campo das políticas de trabalho, empregadores atuam de forma organizada para rebaixar direitos, em busca de maiores lucros.

 

Para reforçar a fala da Laura Tompkins sobre as parcerias realizadas pela UGT e Solidarity Center, Gustavo lembrou que a UGT contou, desde sua fundação, com parcerias em diversos temas, como: Trabalho Decente; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; Juventude; Gênero; Raça; Organização Sindical; Indígenas; Migrantes; Pescadores; Fortalecimento das capacidades institucionais, entre outras.

 

O que mais chama a atenção nos conteúdos dos temas abordados por Laura e Gustavo é a determinação e capacidade das empresas e das grandes corporações em investir e traçar estratégias na política e na forma de se organizarem, interferindo, brutalmente, no Mundo do Trabalho, o que tem provocado drásticas alterações nas relações capital e trabalho em todo o planeta.

 

É fundamental, portanto, que os dirigentes sindicais se preparem, estudem com maior profundidade as transformações que estão ocorrendo, façam mudanças nas políticas e organizações sindicais, realizem ações unitárias nacionalmente e mundialmente, pois correm o risco de perder a guerra para as ofensivas que estão sendo postas pelas grandes empresas e corporações contra os direitos dos trabalhadores. 

 

Participam do curso da Região Norte e Centro-Oeste sindicalistas dos estados do Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima, Tocantis, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 




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