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Governos municipais e estaduais passam a oferecer mais serviços via internet


04/12/2020

Municípios, estados e o Distrito Federal ampliaram os serviços oferecidos ao cidadão pela internet em 2019, resultado da maior presença online dos governos. No ano passado, as prefeituras estavam próximas da universalização: 97,7% dos municípios (ou 5.442) possuíam um site, ante 88,7% (4.943) em 2014, enquanto todas as unidades da federação (UFs) possuíam páginas na internet desde, pelo menos, 2014.

Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), divulgadas hoje (2) pelo IBGE.

Entre as unidades da federação, por exemplo, dados sobre licitações eram disponibilizados na internet por 22 UFs (81,5%) em 2014, passando para 25 UFs (92,6%) em 2019, a exceção foi Alagoas e Bahia. Também avançou o acesso a documentos (25 UFs) e ao Diário Oficial, à legislação estadual e às finanças públicas (26 UFs). Vinte e uma unidades da federação emitiam guia de pagamento de tributos pela internet.

Por outro lado, pouco mais da metade (15) das unidades da federação ofereciam o serviço de matrícula nas escolas públicas. E somente Rondônia, Paraíba e Espírito Santo disponibilizavam marcação online de consulta com médico da rede pública. Em 2014, apenas Rondônia oferecia esse serviço.

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Já nos municípios, informações sobre licitação era um serviço disponibilizado em 61,3% das páginas de prefeituras em 2014, passando a 90,9% em 2019. O acesso a documentos (69,3%) e ao Diário Oficial, à legislação estadual e às finanças públicas (79,8%) também avançou no período. Contudo, apenas 39,1% das prefeituras faziam a emissão boletos de tributos pela internet. A matrícula na rede pública de ensino (3,7%) e o agendamento de consultas médicas (3,3%) online também eram oferecidos por poucos municípios em 2019.

“Em cinco anos, houve um aumento da oferta de serviços pela internet por parte da maioria das prefeituras e governos estaduais. Mas há alguns serviços que ainda são oferecidos por poucos estados e municípios”, comenta a gerente da pesquisa, Vânia Pacheco.

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Embora todas as unidades da federação ofereçam serviços por suas páginas na internet, em apenas 19 delas o site se adaptava ou tinha versão mobile para celulares e tablets. Em somente 25,4% dos municípios, as páginas tinham essa característica. Em pouco mais da metade das UFs (51,9%) e em 10,8% das cidades era possível emitir boletos de tributos ou outras guias de pagamento pelo celular.

Governos usam redes sociais para divulgar ações, serviços e campanhas

As pesquisas também investigaram, pela primeira vez, a utilização de redes sociais pelos governos. Todas as unidades da federação tinham perfis nessas plataformas online. As mais frequentes eram Facebook e Instagram, ambas usadas por 26 UFs, YouTube (22 UFs) e Twitter (21 UFs).

Já nos municípios, 84,0% das prefeituras (4.678) tinham perfis em redes sociais, sendo o Facebook (98,2%) o mais popular. Em seguida, vinham Instagram (46,0%), YouTube (21,8%) e Whatsapp (16,7%).

“As principais atividades dos estados e municípios nas redes sociais foi a postagem de notícias sobre o governo e a divulgação de serviços e campanhas. Somente sete UFs e 18% dos municípios realizavam consultas públicas ou enquetes por essas plataformas de relacionamento”, diz Vânia Pacheco.

Menos da metade dos municípios têm lei específica para acesso à informação

Em 2019, menos da metade dos (45,0%) dos municípios tinham legislação específica para garantia do acesso à informação de acordo com a Lei Federal 12.527, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI). Esse percentual, porém, avançou em relação a 2014, quando somente 19,3% (1.075) dos municípios informaram ter lei sobre o tema.

Todas as unidades da federação tinham legislação estadual específica para garantia do acesso à informação. Em 2014, havia lei específica em apenas 77,8% (21 UFs) delas.

As unidades da federação também declararam disponibilizar meios físicos ou virtuais para acesso à informação pública em proporções superiores às observadas em 2014. O Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) foi citado por 96,3% (26 Ufs) em 2019, ante 40,7% (11 UFs) em 2014.

Com ou sem legislação municipal específica sobre o tema, a maioria das prefeituras também declarou disponibilizar meios físicos ou virtuais para acesso à informação. O SIC foi citado por 45,7% (2.544) das municipalidades em 2019, contra 24,1% (1.343) delas em 2014. Atendimentos pela internet e por telefone também cresceram em 2019 em relação a 2014: 86,4% contra 68,4% no primeiro caso, e 52,8% contra 49,5%, no segundo.

Maioria das estruturas de controle interno eram chefiadas por ocupantes de cargos efetivos

A Estadic e a Munic mostram ainda que todas as unidades da federação possuíam estrutura de controle interno, sendo a secretaria exclusiva a mais recorrente (22 UFs). Já nos municípios, 94,4% (5.259) das prefeituras tinham área de controle. O setor era subordinado à chefia do executivo (59,0%), tinha secretaria municipal exclusiva (22,7%) ou era ligado a outra secretaria (16,7%).

“Todas as unidades da federação e 91,1% (4.792) dos municípios dispunham de pessoal dedicado ao controle interno em estruturas que recebem o nome de Controladoria Geral. O responsável pela área, na maioria dos governos, ocupava cargos efetivos, o que indica institucionalização dessa política pública”, acrescenta a gerente da pesquisa.

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Entre as principais funções das áreas de controle nas unidades da federação, todas incluíam controladoria e auditoria governamental. Uma proporção menor atuava em promoção da integridade/prevenção e combate à corrupção, como declarado por 85,2% (23) deles; ouvidoria, por 77,8% (21); e corregedoria, por 74,1% (20). Corregedoria era menos recorrente na região Norte.

Nos municípios, as atividades executadas também eram diversificadas, com maiores proporções para de controle de despesas (95,9%) e receitas (92,1%). Atividades de prevenção e combate à corrupção (61,8%) e aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado (53,8%) foram as menos recorrentes. Outros 3,1% (164) dos municípios com estrutura de controle declararam não aplicar nenhuma das ações investigadas pela pesquisa.

 

Fonte: IBGE




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