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Frequência escolar no Brasil é baixa e melhora é lenta


13/11/2020

As desigualdades sociais tem um reflexo nítido no ensino superior, cuja frequência foi 50% preenchida por pessoas nas faixas de maior rendimento.

 

 

A Síntese de Indicadores Sociais divulgada nesta quinta (12) pelo IBGE mediu a frequência escolar dos brasileiros.

 

Segundo o levantamento, em 2019, a frequência escolar das crianças de 0 a 3 anos cresceu 5,2 pontos percentuais em relação a 2016, chegando a 35,6%. Na faixa entre 4 e 5 anos, a taxa de subiu 2,7 pontos percentuais, atingindo 92,9% em 2019. Mas, apesar da melhora, o país ainda não atingiu os marcos previstos no Plano Nacional de Educação (PNE): até 2024, a universalização da educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e 50% para as crianças de até 3 anos.

 

As desigualdades sociais tem um reflexo nítido no ensino superior, cuja frequência foi 50% preenchida por pessoas nas faixas de maior rendimento.

 

Em 2019, 51,1% das pessoas de 25 anos ou mais de idade não haviam completado o ensino médio. Apesar de terem direito constitucional a completar seus estudos de forma gratuita, apenas 4,5% da população nessa faixa etária frequentavam escola em qualquer nível.

 

Na população com mais de 25 anos da região Nordeste, 49,1% não tinham instrução ou tinham o ensino fundamental incompleto, e apenas 12,1% tinham superior completo. Na região Sudeste, em 2019, a proporção de pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto foi de 32,5%, enquanto a proporção de pessoas com nível superior foi de 20,5%.

 

A proporção de pessoas de cor ou raça branca com 25 anos ou mais com nível superior era de 24,9%, enquanto os pretos ou pardos registravam 11,0%. Nota-se também que as mulheres apresentaram uma distribuição por nível de instrução superior à dos homens.

 

Apenas o Sudeste chegou à média de 12 anos de estudo prevista na meta do PNE

 

A média de anos de estudos na população entre 18 e 29 anos moradora de domicílios rurais registrada pela PNAD Contínua em 2019 foi de 10,0 anos, e na população residente em domicílios urbanos foi de 11,8 anos, ambos abaixo da meta do PNE, que é de 12 anos até 2024. O Sudeste foi a única região a alcançar essa marca em 2019; Norte e Nordeste registraram um valor de 10,9 anos para esse indicador. Na categoria de cor ou raça, os brancos tinham uma escolaridade média de 12,3 anos e os pretos ou pardos, de 11,1 anos.

 

Jovem branco tem duas vezes mais chance de frequentar ou já ter concluído o ensino superior

 

O levantamento mostrou também que, em 2019, na faixa etária de 18 a 24 anos, um jovem branco tinha aproximadamente duas vezes mais chance de frequentar ou já ter concluído o ensino superior que um jovem preto ou pardo: 35,7% contra 18,9%.

 

Já um jovem morador de um domicílio urbano tinha cerca de três vezes mais chance estar frequentando ou já ter concluído o ensino superior que um jovem morador de um domicílio rural – 28,1% contra 9,2%.

 

Apenas 7,6% dos jovens pertencentes ao quinto populacional de menor rendimento domiciliar per capita frequentavam ou já haviam completado o nível superior em 2019, uma proporção oito vezes inferior à verificada entre os jovens do quinto populacional de maior renda (61,5%).

 

IBGE




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