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 Na manhã de quarta-feira, 4 de novembro, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizou mais uma reunião virtual com seus sindicatos filiados, desta vez do setor de educação. “Estamos à beira de um mundo distópico e as mudanças no Brasil só acontecerão com uma revolução da educação”, disse Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

O dirigente também contou que, desde a fundação da Central, em 2007, a entidade valoriza demais a educação e a qualificação, por meio de parcerias com o setor acadêmico. “As palestras que serão apresentadas hoje são a iluminação do caminho que devemos percorrer”, finalizou Patah.

Gustavo Walfrido, presidente da UGT de Pernambuco, reiterou as palavras de Ricardo e ainda complementou: “Quanto mais encontros como este, mais subsídios teremos para lutar pelas necessidades do setor da educação –algo que é primordial para a construção de uma sociedade justa”.

Na ocasião, a professora doutora Socorro Valois, da Universidade Federal de Pernambuco, falou sobre o novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

De acordo com a professora, entre as principais mudanças, estão o estabelecimento de critérios de distribuição da cota municipal do ICMS; a disponibilização de dados contábeis pelos entes federados; a elaboração de lei sobre normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com educação nas esferas municipais, estaduais e federal; entre outras. “O maior desafio agora será a regulamentação dessas alterações”, disse Socorro.

Já Cida Freire, mestra em educação pela UFPE, integrante do grupo gestor da REPI-PE, gestora do Conselho FEIPE-MIEIB e professora da Uninassau Recife, chamou a atenção para a falta de diálogo com os governos na decisão da suspensão das aulas por conta da Covid 19.

“Foram tomadas medidas para reduzir os impactos da pandemia na saúde, na economia, mas, no caso da educação, não houve uma conversa sobre a situação de crianças que não têm acesso à internet, por exemplo.”

Para a professora, apesar de tudo, este não foi um ano perdido, e sim de construção de memórias afetivas. “Agora, nosso papel é manter o vínculo e orientar as famílias a desenvolverem atividades lúdicas e interativas dentro de casa”, disse a professora.

Na sequência, o diretor administrativo-financeiro da UNCME Nacional, coordenador da UNCME Pernambuco, secretário de Serviço Público da UGT-PE, conselheiro estadual de Educação da CEE-PE e diretor do SIMPRO-MG, professor Manuel Messias, abordou a utilização de recursos do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério).

Para o professor, o movimento sindical precisa se mobilizar em relação a essa questão: “Precisamos ficar em cima, saber quando os precatórios serão pagos às Prefeituras para acompanhar o repasse aos professores”.

Por fim, Erledes da Silveira, coordenador da Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da UGT, que também é professor, falou sobre aimportância da presença física, apesar da necessidade de nos adaptarmos aos novos tempos e ao ensino remoto. “Mais do que tudo, precisamos focar e buscar a educação que promova nas pessoas o pensamento crítico.”