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A pressão nas ruas surtiu efeito e resultou na derrubada da canetada do presidente, Jair Messias Bolsonaro, que já no primeiro trimestre de 2021 poderia aumentar a vergonhosa fila dos desempregados em mais 1,5 milhão de pessoas.

A Câmara dos Deputados derrubou, nesta quarta-feira (04/11) pontos do Veto 26/20 que impediam a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia. 

Esse benefício à empresas que, juntas, empregam mais de 6 milhões de trabalhadores, continuará durante o próximo ano.

A pressão

O Sintratel, entidade que defende os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras de telemarketing participou efetivamente, na manhã desta terça-feira (03/11) da manifestação na Avenida Paulista, em Defesa da prorrogação do Auxílio Emergencial de R$600,⁰⁰ e da Desoneração da Folha de Pagamento.

Além do Sintratel, estavam presentes outras entidades de classe (comerciários, padeiros, metalúrgicos, metroviários, dentre outras) assim como as Centrais Sindicais (UGT, Força Sindical, CSB, CUT), que marcaram presença em frente ao prédio do gabinete da presidência, localizado na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta. 

"Este tema é de extrema importância para a categoria, já que o telemarketing é um dos setores que está incluído nas desonerações e, caso os parlamentares não votassem essa pauta favorável à classe trabalhadora, milhares de operadores e operadoras poderiam perder seus empregos e engrossar ainda mais os números de jovens desempregados no país, que já são quase o dobro de desempregados comparados às outras faixa etárias", concluiu o presidente do Sintratel, Marco Aurélio C. de Oliveira.

O setor de telemarketing emprega milhares de jovens, o que acaba sendo a entrada no mercado de trabalhado de muitas pessoas.

A manifestação na Avenida Paulista ocorreu na sede do Banco do Brasil. Houve registro também de manifestações que aconteceram em Brasília, Distrito Federal.

Entenda a desoneração

A desoneração da folha foi instituída em 2011 para estimular a geração de empregos formais. Setores favorecidos com a medida, substituíram a contribuição ao INSS, incidente sobre a folha de salários, por contribuição calculada sobre o faturamento da empresa.

Assim, sem a desoneração, quando uma empresa contrata, 20% sobre o salário do empregado vai para a cota patronal da previdência. Esse valor é fixo, mas com a desoneração a empresa vai pagar como cota um percentual do valor que ela fatura, que dependendo do setor, varia de 1% a 4%, já que existem setores que fatura muito, assim você garante o financiamento da previdência e estimula manter o emprego, porque o peso da folha de pagamento será nenhum para essas empresas. E num período de Pandemia somada a uma crise financeira, qualquer ação que contribua pela manutenção dos empregos é extremamente bem vinda.