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Ampliação do seguro-desemprego não pode ser feita de afogadilho, diz Mourão


25/09/2020

 Pareceres técnicos do Ministério da Economia indicam impacto de R$ 16,7 bilhões nas contas públicas este ano, considerando um universo de 6,5 milhões de demitidos desde março e que seriam beneficiados

 

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta sexta-feira que uma eventual ampliação do seguro-desemprego em mais duas parcelas durante a pandemia não pode ser feita "de afogadilho". Apresentada pelas centrais sindicais ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), a medida não tem apoio do governo.

 

— Tem que olhar dentro da nossa capacidade fiscal, né? Não pode ser coisa de afogadilho. Todos vocês sabem que nós vivemos uma crise fiscal séria. Não podemos aumentar a dívida de forma desmesurada, então tem que buscar qual é a melhor solução para que isso seja pago — disse.

 

Segundo pareceres técnicos do Ministério da Economia, a medida teria impacto de R$ 16,7 bilhões nas contas públicas este ano, considerando um universo de 6,5 milhões de demitidos desde março e que seriam beneficiados. Além disso, por se tratar de um benefício novo, o governo teria que editar uma MP e solicitar pedido de crédito suplementar ao Congresso Nacional. 

 

O governo tem a metade dos assentos no  Codefat de um total de 24. As centrais sindicais têm seis votos e precisariam conquistar mais três dos representantes dos empregadores. Assim, caberia ao presidente do Codefat, Francisco Canindé Pegado, da União Geral dos Trabalhadores, desempatar o placar e votar a favor da proposta.

 

Na manhã de hoje, Mourão disse que as medidas econômicas tomadas pelo governo durante a crise do novo coronavírus "terminaram por surtir efeito e a queda que se esperava na nossa economia não foi tão grande assim".

 

— A economia deu uma melhorada. Todas as medidas que o governo fez no sentido de manter a economia em condições, os créditos às pequeno e micro empresas, a questão do pagamento de salários para as empresas que tinham empregos formais, o governo pagando 75% e a empresa pagando 25%; o próprio coronavoucher — listou.

 

Questionado se acreditava em uma recuperação econômica em "V", como o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que está ocorrendo no país, Mourão disse que é preciso esperar o final do ano, mas que os dados indicam um cenário melhor que o esperado.

 

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— Olha, os dados que nós temos hoje, o Brasil foi um dos países que menos perdeu no segundo trimestre do ano, que foi o trimestre mais crítico. Nós fomos um dos que menos perdeu. Vamos lembrar que, inicialmente, a previsão é que a gente teria uma queda neste ano de 9%, hoje já tá em 5%, governo aposta em 4,7%. Vamos aguardar o final do ano — disse.

 

Fonte: O Globo




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