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Em julho, 60 % das empresas afirmaram não ter sofrido com os impactos da Covid, mostra IBGE


03/09/2020

De 3 milhões de empresas em funcionamento na segunda quinzena de julho, 37,5% perceberam impactos negativos decorrentes da crise do novo coronavírus em suas atividades. Por outro lado, para 36,3%, o impacto foi pequeno ou inexistente; e, para 26,1%, o efeito foi positivo. Na maioria das atividades, a soma da percepção de impactos pequenos ou inexistentes e de efeitos positivos é superior a de impactos negativos. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: impacto da Covid19 nas empresas, divulgados hoje, 2, pelo IBGE.

 

Para Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, isso mostra uma percepção de melhora em relação às quinzenas anteriores, que ele atribui à flexibilização da quarentena.

 

A percepção de impacto negativo é maior entre as empresas de grande porte (37,8%), aquelas acima de 500 funcionários; e, entre as de pequeno porte, com até 49 funcionários, (37,6%). Mas são também as empresas de grande porte, as que mais perceberam impactos pequenos ou inexistente (41,25%). “O setor de serviços continua sendo o mais impactado negativamente, enquanto o da construção tem o maior percentual de efeitos pequenos ou inexistentes”, ressalta Magheli.

 

Entre as grandes regiões, o Norte concentra a maior incidência de empresas que perceberam impactos positivos 41,1%. O Sul e o Sudeste continuam com a evolução de menor incidência de efeitos negativos, registrando, respectivamente, 36,7% e 33,3%, taxas que, nas quinzenas anteriores, se situavam acima de 40%. Já o Nordeste é a região onde as empresas foram mais atingidas pela crise do novo coronavírus (49,6%), seguido por Centro-Oeste (44,75).

 

Três em cada dez empresas tiveram redução nas vendas

 

Para 34,4% das empresas em atividade, houve percepção de redução nas vendas, uma melhora em relação à quinzena anterior (46,8%). A queda nas vendas foi sentida por 34,4% das companhias de pequeno porte, 33% das intermediárias e 26,4% das de grande porte.

 

Mas o impacto foi pequeno ou inexistente para 37,1% das empresas, percentual que chega a 46,6% das companhias de grande porte, as menos afetadas. E, para 28,4% das empresas, houve aumento de vendas na segunda quinzena de julho.

 

Por setores, a percepção de redução nas vendas foi sinalizada por 29,5% do comércio, 38,6% das empresas de serviços, 30,7% de indústria e 43,6% de construção. Destaca-se a maior incidência de efeitos pequenos ou inexistentes nos segmentos de indústria (35,6%), comércio (37,1%) e serviços (38,4%).

 

Mais da metade das empresas não perceberam impacto negativo na fabricação de produtos ou acesso a fornecedores

 

A maior parte das empresas (55%) relatou não ter havido impacto da Covid-19 sobre a fabricação dos produtos ou a capacidade de atendimento aos clientes. Esse percentual chega a 61,8% entre as empresas de grande porte e a 57,4% entre as de porte intermediário. Mas 33,1% do total de empresas ainda relataram dificuldades, e 11,6% acusaram facilidades.

 

Para 44,8%, não houve alteração significativa no acesso a seus fornecedores. Mas cresceu o percentual de empresas que voltaram a sinalizar dificuldades, 45,3%, taxa que, na quinzena anterior, foi de 38,6%.

 

“O que influenciou mais a taxa foram as empresas de pequeno porte (45,5%). Entre as atividades, os destaques são as empresas do comércio (65,2%), especialmente o comércio varejista (71,9%) e o de veículos, peças e motocicletas (70,45), que ficaram na faixa de sete em cada dez empresas sinalizando dificuldade de acesso aos fornecedores”, completa Magheli.

 

Também cai a percepção de dificuldades na capacidade de realizar pagamentos de rotina, passando de 47,3% na primeira quinzena de julho para 38,9%, na segunda quinzena de julho. Por outro lado, cresce para 49,7% o percentual de empresas sinalizando que não houve alteração significativa, percentual que chega a 69,9% entre as empresas de grande porte e a 60,9% entre as de porte intermediário.

 

Entre as atividades, os destaques são as empresas da construção (67,5%) e indústria (55,5%), sinalizando não ter percebido alteração significativa. “Trata-se de uma sinalização de melhora das receitas, permitindo realizar os pagamentos de rotina”, diz Magheli.

 

Fonte: IBGE




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