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Dia da Liberdade


15/07/2020

Nesta terça-feira (14) foi comemorado o “Dia da Liberdade” em memória da “Queda da Bastilha” ocorrida em 1789 e que marcou o fim do Estado Absolutista, sendo um dos elementos centrais da Revolução Francesa.

 

É uma boa oportunidade para lembrarmos sobre alguns significados da Revolução, por exemplo, de onde vem a designação esquerda, direita e centro.

 

Durante aquele período foi convocada uma Assembleia Nacional Constituinte que representasse os interesses de toda a sociedade. Os membros eleitos se dividiam entre representantes da nobreza, do clero e do povo. Os representantes da nobreza se sentaram à direita na Assembleia, os que representavam o clero se sentaram ao centro e aqueles que representavam o povo se sentaram à esquerda. Também vem dai as cores da bandeira francesa. O azul representando a nobreza, o branco o clero e o vermelho o povo.

 

Por isso aqueles que defendem o povo são considerados dentro do espectro da esquerda e, por tradição, usam a cor vermelha. Os que defendem os interesses dos patrões são aqueles que estão no espectro da direita e suas divisões, assim como na esquerda. 

 

Curiosamente, no Brasil, o clero evangélico está majoritariamente no centro, ou melhor, no “centrão”, aquele bando de arrivistas. E eles não usam o branco da igualdade, usam o verde. De dólar mesmo. 

 

Só para constar, a Revolução Francesa ocorreu antes do comunismo. 

 

Até hoje, defender as causas populares, dos mais vulneráveis, é tarefa majoritária das esquerdas. Defender os interesses do patronato é tarefa da direita. Claro que existem aqueles que, mesmo sendo do povo, defendem os interesses dos patrões. Esses são chamados de pelegos. São uma espécie de “capitães do mato”. Aquele sujeito do Brasil colonial que era recrutado entre os próprios subalternos para oprimir seus semelhantes.

 

No mundo de hoje e, particularmente no Brasil, existem causas conjuntas que pode e deve unir direita, centro e esquerda. Uma delas é a questão ambiental, fundamental para a sobrevivência não só das futuras gerações, mas da nossa mesmo. A degradação ambiental é acelerada. Na bacia do Rio São Francisco, apenas uma cidade possui esgoto 100% tratado. Vivemos em São Paulo diante de um enorme esgoto a céu aberto. Entra governo, sai governo e nada muda.

 

Vivemos agora uma catástrofe ambiental. No governo Bolsonaro a Amazônia queima, é desmatada, invadida por garimpeiros com a conivência de quem deveria zelar pela natureza. O vice-presidente Mourão passa um recibo de incompetência ao dizer que não consegue controlar o que está acontecendo. 

 

Hoje é o dia da liberdade. E liberdade, como diz Cecília Meireles, “é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”.

 

Enilson Simões de Moura – Alemão

Vice-Presidente Nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT




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