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“Não existe democracia sem igualdade e inclusão”, diz Ricardo Patah em debate sobre racismo


05/07/2020

Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), participou neste domingo, 5, do painel “Enfrentamento ao Racismo: Responsabilidade de Todos”, organizado pela UNEafro e pelo Portal Geledés.

 

A ação faz parte da Virada da Democracia, que compõe a Campanha #BrasilpelaDemocracia #BrasilpelaVida - uma iniciativa das centrais sindicais e mais 120 organizações da sociedade civil brasileira que se reúnem de forma inédita pela promoção do fortalecimento da democracia e da vida. “Temos que fazer um pacto entre todos os atores sociais para extirpar da sociedade esse câncer que é o racismo”, afirmou Patah na ocasião.

 

O dirigente contou que uma das principais iniciativas do movimento sindical nesse sentido foi em 2004, quando o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, presidido por Patah, criou o primeiro acordo no Brasil incluindo nas convenções coletivas cotas para afrodescendentes no comércio – isso após realizar uma pesquisa, com o auxílio do Dieese, e constatar que não havia cargos para afrodescendentes nesse setor.

 

“Se vocês repararem, perceberão que não há nem 1% de afrodescendentes trabalhando em shoppings, por exemplo. Houve um tempo em que os departamentos de recursos humanos consideravam que essa população não tinha boa aparência para atuar no comércio – algo absurdo e inimaginável. Esse acordo feito pelo Sindicato foi uma forma de dar início a um processo de inclusão”, disse Patah.

 

Outra ação destacada foram os mutirões de emprego realizados pelo Sindicato, em parceria com a UGT. “A maior parte das pessoas era de afrodescendentes, inclusive o primeiro da fila, que ficou muito grato pela oportunidade de encontrar uma vaga para trabalhar.”

 

Ricardo também reafirmou a ação das centrais sindicais, de forma conjunta, em prol do antirracismo, especialmente no mercado de trabalho, e na construção de capacitações e formação dos trabalhadores para que isso não seja mais usado como desculpa para a não contratação.

 

Por fim, Patah provocou uma reflexão: “Se a maioria da população brasileira é de afrodescendentes, por que eles não estão ocupando espaços importantes, seja na política, nas salas de aula e tantos outros? Não existe um país democrático de fato se ele não tiver capacidade efetiva de igualdade e inclusão”.

 

A UGT será signatária do manifesto “Enquanto houver racismo, não haverá democracia” (https://comracismonaohademocracia.org.br/), criado pela Coalizão Negra por Direitos e lançado em 14 de julho de 2020. Também participaram do debate Beto Vasconcelos (Projeto Liberdade), Keila Grinberg (UniRio/342) , Lillia Schwarcz (antropóloga) e José Carlos Dias (Comissão Arns), moderados por Douglas Belchior (Uneafro).




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