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Presidente da UGT representa trabalhadores em webinar com empresários


16/06/2020

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, participou, nesta segunda-feira, 15, do webinar realizado pela Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) e mediado pelo presidente da entidade, Nabil Sayhoun, sobre a retomada do comércio.

 

O dirigente sindical foi o representante dos trabalhadores na videoconferência, que contou também com a participação de Alfredo Cotait, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP); Eneas Salomone, fundador da incorporada Savoy; Flávio Rocha, presidente da Riachuelo; Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce); Isaac Peres, fundador da Multiplan; e Jae Lee, CEO do Grupo Ornatus.

 

Além disso, estavam presentes os vereadores Eduardo Tuma, presidente da Câmara dos Vereadores de São Paulo, e Fábio Riva, líder do PSDB.

 

O objetivo do encontro foi justamente apresentar ideias e necessidades do setor do comércio para que os vereadores levem as demandas ao governo, em busca de soluções.

 

Na ocasião, foram abordados temas acerca da reabertura de 418 shoppings em 145 cidades do Brasil; as quatro horas de funcionamento das lojas; precauções e protocolos para funcionamento do comércio; necessidade de ações unitárias entre governos, capital e trabalho; sobrevivência das pequenas e médias empresas; alinhamento entre saúde e economia; entre outros.

 

“Já vínhamos de uma situação econômica difícil, com 13 milhões de trabalhadores desempregados e 5 milhões de desalentados. Então, veio a pandemia, que agravou esse cenário. Só em São Paulo, por conta da crise sanitária e econômica que vivemos, mais de 70 mil comerciários perderam o emprego e 300 mil tiveram redução de salário e jornada prevista na Medida Provisória 936. Mas, na minha opinião, a questão política é hoje a maior causadora do caos, uma vez que não há alinhamento e unidade de ação entre o poder público. Além disso, o governo federal demorou demais para capilarizar recursos na economia, deixando à deriva principalmente as pequenas e médias empresas. É necessário unir forças entre patrões, empregados e poder público, mas sempre valorizando a saúde e a vida. Sem falar na necessidade de ampliar o pagamento do auxílio emergencial até o final do ano, e não diminuí-lo, como cogita o governo federal”, disse Ricardo Patah.

 

Sobre a reabertura do comércio, o presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que participou da produção dos protocolos da capital paulista, salientou: “A aplicação correta dos protocolos diminuirá a possibilidade de contaminação pelo coronavírus. Todos os pontos decretados foram decididos a partir de fatos científicos e orientações de profissionais da saúde. No entanto, esbarramos em dois gargalos: o transporte público e as aglomerações. Nesse sentido, nosso Sindicato está com carros de som nas ruas, informando as pessoas para que evitem se aglomerar na porta das lojas e obedeçam aos protocolos de segurança. É preciso também pensar em soluções para as mulheres – que representam mais de 55% dos comerciários de São Paulo e precisam ter com quem deixar seus filhos”.

 

A respeito das quatro horas de funcionamento do comércio, que os empresários querem ampliar para seis ou oito, Ricardo frisou: “Se esse aumento for feito com a devida segurança para os trabalhadores e clientes, sou a favor. Mas é necessário priorizar a saúde”.  

 

Ainda sobre a retomada das atividades, Patah chamou a atenção para o surgimento de um novo mundo: “Tudo mudou. O home office veio para ficar e precisa ser regularizado. O e-commerce, que era responsável por 40% a 45% das vendas, já passou de 60%. Tudo isso faz parte da Quarta Revolução Industrial, que já estava acontecendo e foi acelerada pela pandemia. Isso reforça a necessidade de se qualificar e capacitar os trabalhadores para lidarem com as novas situações. Há, ainda, a opção da reconversão. A UGT fez parte dessa providência em empresas têxteis de Ibitinga, no interior de São Paulo, que passaram a fabricar máscaras”. 

 

O dirigente falou também da necessidade de diálogo na busca por soluções conjuntas. “Não se pode falar de mortes como se fossem apenas números. São pessoas que perderam a vida, famílias que perderam entes queridos em razão do coronavírus. Precisamos unir capital, trabalho e governo em busca de soluções para brecar essa situação. É preciso retomar a economia, mas nada vale a vida. Por isso, toda ação deve ser tomada com segurança e visando preservar a saúde. Uma coisa que estamos em busca, mas ainda não conseguimos, é a testagem da Covid-19 para os trabalhadores do comércio. Isso seria muito importante, especialmente para detectar os assintomáticos, mas o custo é elevado. Estamos tentando fazer um acordo com a área patronal, para as grandes empresas subsidiarem as pequenas e todos terem acesso à testagem.”

 

Por fim, Ricardo Patah valorizou a participação política no webinar: “A UGT está em contato diário com governadores, prefeitos, presidente do STF, vereadores, deputados, representantes do setor patronal. Ótimo que nossos vereadores estejam aqui e possam levar nossas necessidades à Prefeitura. Sabemos que o sucesso de São Paulo, vista como um espelho, é o sucesso do Brasil”.




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