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Secefergs acusa Inter por demitir funcionários “na pior hora da crise”


07/05/2020

Diferente do propósito do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) celebrado entre as direções do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense e do Sindicato dos Empregados em Clubes e Federações Esportivas do Rio Grande do Sul (Secefergs), em 29 de abril de 2020, a direção do Sport Club Internacional optou pelo caminho da demissão sumária de empregados.

 

As providências descritas no ACT Grêmio/Secefergs tomaram como base os termos estabelecidos na Medida Provisória 936/2020, emitida pelo Governo Federal para o enfrentamento da calamidade pública, visando preservar a saúde, o emprego e a renda do quadro funcional.

 

Independente da adequação cabível a cada profissional, o acordo assegura a todos os profissionais do Clube enquadrados no Piso I e II o recebimento a integralidade do salário base, durante o período de redução de jornada e/ou suspensão contratual, inclusive sob a forma de ajuda compensatória do Clube e/ou Benefício Emergencial de Preservação de Emprego e da Renda (“BEPER”).

 

MAU EXEMPLO

 

“Sem uma resposta concreta sobre o retorno das competições, o Inter escolheu o pior caminho”, protesta Miguel Salaberry Filho, presidente do Secefergs. Para o sindicalista, “o clube gaúcho transfere o ônus da crise para o lado mais fraco, que são os assalariados”. Salaberry alerta para a perda do plano de saúde, uma das maiores preocupações dos empregados, por ser um benefício de valor essencial em todos os momentos, mas especialmente na atualidade.

 

Inconformado, o Secefergs vai denunciar o Inter ao Ministério da Economia, por ser um dos 33 clubes esportivos que aderiu ao Profut, um programa de financiamento de débitos com a Receita Federal. A intensão do governo federal ao propor o Refis era oferecer um desconto no total devido pelos contribuintes inadimplentes em troca do compromisso na manutenção dos empregos. O sindicato levará a denúncia à Organização Internacional do Trabalho (OIT), pois acusa o Colorado de apropriação indébita do Imposto de Renda, das parcelas previdenciária do depósito do Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS).

 

BOM EXEMPLO

 

Enquanto o clube opta pelo descaminho, o zagueiro Rodrigo Moledo, em ação conjunta com outros jogadores, organizou campanha de entrega de cestas básicas às pessoas que trabalham em jogos e eventos no Estádio Beira-Rio, ficando sem renda por conta da pandemia do novo coronavirus.

 

Entre os profissionais contemplados com as doações estão seguranças, equipes que atuam na limpeza e no estacionamento, além de ambulantes, que vendem alimentos e bebidas dentro do estádio. Ainda no mês de abril, mais de três toneladas de alimentos e mais de dois mil itens de limpeza foram entregues como donativos.

Dunga, Tinga e D’Alessandro, três dos maiores ídolos colorados da era recente, juntaram forças e doaram dez toneladas de alimentos em bairros carentes da capital gaúcha. O montante foi distribuído para instituições com o propósito de ajudar famílias cujas dificuldades foram agravadas pela pandemia.

 

REPERCUSSÃO NEGATIVA

 

O anúncio das demissões explodiu internamente: em solidariedade aos funcionários demitidos, o jornalista Fabiano Baldasso comunicou o desligamento da pasta de Relacionamento Social do S. C. Internacional. Na justificativa, Baldasso declarou ter mais de uma fonte de renda; “eles não”.

Multicampeão pelo Inter entre as temporadas de 2005 e 2014, com destaque para a conquista do Mundial Interclubes de 2006 e as duas Copas Libertadores da América, em 2006 e 2010, o ex-zagueiro Índio engrossa a relação de dispensados, que deve incluir mais de 60 pessoas, de diferentes áreas.

 




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