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Prévia da inflação registra menor resultado para abril desde 1994


28/04/2020

Deflação de 0,01% foi influenciada por queda no preço dos combustíveis

 

A prévia da inflação de abril registrou queda de 0,01% e marcou o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994, informou nesta terça-feira (28) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

A variação foi influenciada pela redução de 5,76% nos preços dos combustíveis, com recuo de 5,41% nos preços da gasolina, 9,08% do etanol e 4,65% do óleo diesel.

 

Em 2020, principalmente a partir do mês de março, a Petrobras anunciou cortes no preço da gasolina, em resposta à redução das cotações internacionais do petróleo em meio à escalada do Covid-19 pelo mundo.

 

A queda nos preços dos combustíveis foi acompanhada pelo crescimento da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O período de redução coincide com o aumento do número de contaminados e mortos no país.

 

Na semana passada, pela primeira vez desde ao menos 2005, a gasolina estava sendo vendida nas refinarias da estatal por menos de R$ 1 por litro, considerando a correção dos valores históricos pela inflação.

 

De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço da gasolina nas bombas já havia caído 10% em 2020, para um valor médio, no Brasil de R$ 4,095 por litro.

 

O preço do etanol também vem despencando nas usinas. Nas bombas, o produto era vendido, no meio de abril, em média no país, a R$ 2,796 por litro, 11% a menos do que no fim de 2019.

 

De acordo com o IBGE, a taxa da prévia da inflação divulgada nesta terça é 0,03 ponto percentual abaixo da registrada no mês passado, que marcou 0,02%.

 

A queda nos combustíveis fez com que o grupo Transportes, que tem o maior peso no consumo das famílias, caísse 1,47%.

 

Outros itens que fazem parte do grupo e sofreram redução foram o transporte por aplicativo, com queda de 3,11%, o aluguel de veículos, com diminuição de 7,68%, e o seguro voluntário de veículo, retração de 2,74%.

 

Outro grupo a apresentar queda mais intensa foi o de Artigos de residência, com 3,19%, puxado pelas quedas em eletrodomésticos e equipamentos e artigos de TV, som e informática, cujos preços haviam subido nos dois meses anteriores.

 

Por outro lado, o grupo alimentação e bebidas sofreu variação de 2,46% e impacto de 0,48 ponto percentual na prévia da inflação de abril, destaque para a alimentação no domicílio, com alta de 3,14%.

 

Entre os alimentos que mais subiram estão a cebola (35,79%), o tomate (17,01%), a batata inglesa (21,24%) e a cenoura (31,67%).

 

Segundo o IBGE, seis das 11 regiões pesquisadas tiveram deflação em abril, com menor resultado em Goiânia (-0,52%), incentivado pela queda no preço dos combustíveis.

 

Já o maior registro foi no Rio de Janeiro (0,61%), pelo impacto da variação na energia elétrica, que sofreu reajustes aplicados nas tarifas residenciais de duas concessionárias.

 

A divulgação desta terça marcou uma mudança no sistema de coleta de dados do IBGE por causa da pandemia do novo coronavírus. O instituto suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços, que passaram a ser pesquisados por outros meios, como internet, telefone ou e-mail.

 

Fonte: Folha de SP




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