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“Não vão na onda do Bolsonaro. Fiquem em casa”, disse bancário antes de morrer


16/04/2020

Num depoimento emocionante antes de morrer com sintomas do coronavírus, funcionário do BB da agência Catete, no Rio, deixa lição para quem insiste em acreditar no discurso insano de Bolsonaro que faz pouco caso da pandemia

 

 

O bancário do Banco do Brasil, Edgard dos Santos Pereira, que trabalhou na agência do Catete, no Rio, deixou um relato emocionante antes de morrer aos 66 anos com sintomas do coronavírus, no sábado, dia 28 de março.

 

A matéria publicada no site G1 não deixa dúvidas da violência do Covid-19 sobre a saúde das pessoas. Internado desde sexta-feira, 27 de março, no Copa D’or, Edgard morreu com falta de ar, com uma pneumonia dupla, e desabafou pouco antes de falecer, deixando seu recado para seus amigos, colegas bancários e para a sociedade: “Sou mais um na estatística do coronavírus. Cuidem-se. Não vão na onda do Bolsonaro, A coisa é séria. Não é um ‘resfriadinho’. Fiquem em casa”, escreveu num aplicativo de mensagens um dia antes de sua morte.

 

“Edgard deixa uma mensagem comovente que põe por terra qualquer fundamento na tese de que ‘o país pode voltar à normalidade’ e de que ‘o povo tem de trabalhar agora para evitar uma crise econômica’, como irresponsavelmente sugere o presidente Jair Bolsonaro. A vida está em primeiro lugar e manter o isolamento social é fundamental para proteger as pessoas e garantir o futuro do país”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários do Rio Adriana Nalesso.

 

A sindicalista lembra que o Sindicato vai continuar a luta para que os bancos fechem as agências, mantendo apenas serviços excepcionais e agendados para evitar as aglomerações.

 

“Dinheiro nenhum do mundo vale a vida. A responsabilidade da luta contra essa pandemia é de todos”, completa, lembrando ainda que o Sindicato vai continuar defendendo o fechamento das unidades bancárias, a garantia dos empregos na categoria e o fim das metas enquanto perdurar a quarentena no combate ao coronavírus.

 

Apoio do Sindicato

 

O Sindicato dos Bancários do Rio cobrou a higienização da agência e defende o fechamento imediato desta e das demais unidades e todo o apoio e assistência aos funcionários e aos familiares de Edgard. A direção do BB se nega a fechar a agência mesmo após a morte do bancário.

 

Não deu tempo de sair o exame de confirmação do Covid-19, mas a orientação dos médicos para que não fosse feito o velório e nem cremação, reforça que a causa morte foi mesmo em função do Covid-19.

 

Dirigentes sindicais foram imediatamente à agência do Catete, para prestar condolências aos colegas de trabalho de Edgard e falar aos funcionários da importância do fechamento imediato dos bancos, medida defendida pelo Sindicato, e dos cuidados preventivos que as pessoas devem tomar bem como sobre a importância do isolamento social, rebatendo a afirmação do presidente da República Jair Bolsonaro, de que se trata apenas de uma “gripezinha” e de que a pandemia que assola o mundo é “fantasia” e “alarmismo” feito pela mídia.

 

Fonte: G1




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