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UGT reencontra dirigentes sindicais do Japão após intercâmbio pela JILAF


07/02/2020

Nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, dirigentes sindicais da União Geral dos Trabalhadores (UGT) participaram de um encontro com membros da JILAF (Fundação Japonesa Internacional do Trabalho), em São Paulo, para debater como os sindicalistas brasileiros estão utilizando os aprendizados adquiridos no intercâmbio feito com o Japão.

 

Este intercâmbio é o chamado “Programa de Convite”, desenvolvido pela JILAF para levar ao Japão líderes sindicais, especialmente de países em desenvolvimento, a fim de que eles conheçam e vivenciem o sindicalismo e o setor laboral daquele país.

 

A JILAF, filiada à Rengo, principal central sindical japonesa, é uma organização promotora de intercâmbio e cooperação internacional no setor laboral, tendo como objetivo contribuir com o progresso dos movimentos sindicais livres e democráticos e com o desenvolvimento socioeconômico saudável dos países em desenvolvimento, tendo como um de seus principais nortes o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8, que trata do trabalho decente

 

A instituição estava representada na reunião em São Paulo pelo seu presidente, Hiroyuki Nagumo, e pelo diretor do Programa de Convite, Naohiro Tsuji.

 

Canindé Pegado, secretário-geral da UGT, fez o intercâmbio em 1992, quando era presidente da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores). “Nossa Central já enviou cerca de 40 dirigentes (homens e mulheres) para participar do Programa da JILAF. E queremos continuar enviando sempre. É uma experiência muito enriquecedora, especialmente o contato com a base. Hoje, o movimento sindical brasileiro está sofrendo muitos ataques e ter parcerias e vivências como esta nos fortalecem na luta pelo nosso futuro”, disse o dirigente.

 

“Há cinco anos, a UGT desenvolveu atividades para apoiar os trabalhadores da Nissan, nos Estados Unidos, que sofreram com práticas antissindicais e foram demitidos. Nós conseguimos contornar a situação e muito do que aplicamos na estratégia de resolução foi aprendido no intercâmbio com o Japão. No quesito ‘relação com multinacionais’, aprendemos muito com os japoneses”, complementou Pegado.

 

Ao ser questionado sobre temas importantes a serem trabalhados nos próximos intercâmbios, Pegado citou a Revolução 4.0, o que fazer para atingir os ODS, informalidade e terceirização.

 

Além de Canindé Pegado, entre os dirigentes da UGT que participaram do intercâmbio da JILAF, estavam presentes na reunião: Chiquinho Pereira, secretário de Organização e Políticas Sindicais; Cássia Bufelli, vice-presidente; Paulo Rossi, presidente da UGT Paraná; Leocides Fornazza, presidente da Federação dos Empregados no Comércio do Estado do Paraná; Josimar Andrade, diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo; Edson Laércio de Oliveira, presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo e do Sinsaúde Campinas e Região; Josi Camargo, secretária adjunta de Políticas Públicas e Migrações; Itamar Barreto, do Sindicato dos Securitários do Estado de São Paulo; e Cristiane do Nascimento, da Secretaria de Telecomunicações.

 

“Fiz o intercâmbio em 1996 e aplico muito do que aprendi com os japoneses. O que mais me marcou foi a relação próxima, guardados os devidos limites, com o setor empresarial. Eles conseguem debater e às vezes até chegar a acordos de uma forma não conflituosa como, geralmente, acontece no Brasil. Isso me ajudou a compreender que trabalhadores e patrões não vão a lugar nenhum sem o outro e até hoje tento praticar essa conduta nas negociações”, contou Chiquinho Pereira.

 

Já Josi Camargo se encantou pela disciplina japonesa: “Visitei fábricas e eles são muito organizados e disciplinados. Lá, o sindicato é por empresa e o empregador não tem nenhuma ingerência na relação do trabalhador com a entidade. Eles são muito atentos a práticas antissindicais”.

 

“O uso da tecnologia pelos japoneses é impressionante. Trouxe ideias e implementamos no Paraná, por exemplo, o aplicativo Paraná Serviços, que faz a intermediação entre o contratante e o prestador autônomo de serviços. Também aproveitamos a ideia de disponibilizar psicólogos para trabalhadores desempregados, que chegam a situações de desespero”, contou Paulo Rossi, que foi secretário do Trabalho no Paraná.




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