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Fiat alerta para risco de fechar fábrica


07/02/2020

Surto de coronavírus afetou fornecedores da montadora na China e compromete produção na Europa

 

Uma das fábricas da Fiat Chrysler na Europa pode precisar suspender a operação talvez já em duas semanas, em razão de problemas de fornecimento de autopeças chinesas, segundo alerta da empresa sobre o que seria a primeira paralisação do tipo por uma montadora na Europa como resultado do surto de coronavírus.

 

O executivo-chefe do grupo automotivo, Mike Manley, disse que quatro fornecedores na China foram afetados pelo coronavírus, sendo que um deles é um fabricante de peças em situação “crítica”, que coloca a produção da fábrica europeia em risco. “Temos um alto risco de fornecimento no momento que foi identificado”, disse o executivo ao “Financial Time".

 

Dentro de duas a quatro semanas a empresa vai saber “se o fornecimento de uma de nossas fábricas [na Europa] vai ser paralisado”, acrescentou. As outras três fabricantes de autopeças “também vão se tornar críticas” se as interrupções na China continuarem ao longo de fevereiro, disse.

 

Uma equipe especial para lidar com a questão na montadora foi instruída a monitorar a situação do fornecimento de peças e qualquer possível impacto na produção, além de buscar fontes alternativas, algo que leva tempo porque os componentes precisam ser registrados e certificados, destacou.

 

As declarações foram feitas depois de a Fiat Chrysler ter divulgado queda de 19% no lucro líquido, para € 2,7 bilhões, embora tenha mostrado recuperação no quarto trimestre, após início de ano fraco. O grupo contabilizou lucro líquido de € 1,6 bilhão em seu último trimestre.

 

Segunda maior montadora do mundo, a Toyota disse que espera que as vendas de veículos na China sejam afetadas à medida que a doença respiratória pesa sobre o sentimento do consumidor, em um mercado que já estava mostrando sinais de desaceleração antes da propagação da epidemia.

 

“Acho que não há disposição para comprar carros no momento”, disse Masayoshi Shirayanagi, diretor de operações da Toyota, em entrevista coletiva em Tóquio. “No momento, estamos examinando cada componente, nosso inventário e a possibilidade ou a necessidade de planos alternativos de produção.”

 

A Hyundai já anunciou a paralisação de suas fábricas na Coreia do Sul por falta de cabos elétricos de um fornecedor chinês.

 

Na terça-feira, a Volvo Cars divulgou que trocou de fornecedor de baterias para seus veículos híbridos para não suspender a produção. A montadora sueca tem contratos com a CATL, da China, e a LG Chem, da Coreia do Sul, e recorreu à fornecedora sul-coreana depois do surto do vírus. “É por isso que temos esta nova parceira conjunta, exatamente para mitigar possíveis distúrbios”, disse o executivo-chefe da Volvo Cars, Hakan Samuelsson, ao “Financial Times”. (Com Kana Inagaki e Leo Lewis, de Tóquio)

 

Fonte: Valor Econômico




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