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UGT realiza encontro da região sul pela unicidade e unidade sindical


30/10/2019

Mais de 100 dirigentes sindicais participaram do Encontro da Região Sul das Entidades Filiadas à UGT, realizado nesta quarta-feira (30/10), no auditório do Sindicato dos Têxteis de Joinville-Santa Catarina, e teve como tema: “O Futuro da Estrutura Sindical Brasileira”.

 

Com o objetivo de debater o atual cenário político brasileiro, que é extremamente desfavorável para o movimento sindical, o encontro cumpriu o papel de esclarecer  os sindicatos filiados em relação ao posicionamento da UGT Nacional frente aos ataques proferidos pelo governo federal contra toda e qualquer instituição que representa, defenda e fortaleça a democracia do Brasil.

 

O presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, deixou claro o posicionamento da UGT quanto à organização sindical: "Somos a favor da unicidade sindical, mas temos a convicção que tanto o governo, quanto a maioria do parlamentares no Congresso Nacional são favoráveis à pluralidade sindical. Caso isso aconteça, temos que nos preparar para o debate e apresentarmos alternativas para o futuro do sindicalismo brasileiro". Patah falou ainda que no mundo nenhum país pode se considerar verdadeiramente democrático se não tiver entidades sindicais fortes e atuantes, imprensa livre, assim como a independência de entidades como o Supremo Tribunal Federal (STF), que é o guardião da Constituição de 88”, disse Patah.

 

Segundo o presidente ugetista, o governo federal faz ataques mortais contra o movimento sindical brasileiro, mas que a UGT, como entidade plural que é desde a sua fundação, vêm construindo propostas alternativas num esforço conjunto com as demais centrais sindicais e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Por fim, Patah fez um relato do que são as propostas que estão nascendo do esforço conjunto das entidades sindicais, salientando que é uma ação que está sendo conduzida pelo Dieese, para que o movimento sindical brasileiro consiga se adaptar a essa ruptura drástica com o sistema sindical vigente.

 

Waldemar Schulz Júnior (Mazinho), presidente da UGT-SANTA CATARINA, falou sobre a necessidade do movimento sindical estar preparado para o que vem pela frente por parte do governo federal. "Sabemos que a finalidade do atual governo é destruir o movimento sindical laboral, e é fundamental que o movimento sindical esteja preparado para estar próximo dos trabalhadores, e dessa forma resistir e vencer os embates".

 

Para o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, a pressão do movimento sindical deve ser junto aos deputados federais e senadores eleitos por seus estados, demonstrando a selvageria que o atual governo vem praticando contra os trabalhadores e as instituições democráticas. Rossi defendeu ainda que a UGT procure o setor patronal para impedir o desmonte sindical com o modelo de pluralidade em gestação pelo governo Bolsonaro, através da Secretaria Especial do Trabalho e Previdência, comandada pelo ex-deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), cuja inspiração é o sistema norte-americano. 

 

Leocides Fornazza (Léo), presidente da Federação dos Comerciários do Paraná - FECEP, lembrou o retrocesso que foi a reforma trabalhista, sem a geração de empregos prometida pelo então governo Temer, passando pelo desmonte do sistema previdenciário, e agora com a reforma sindical, cuja finalidade principal é enfraquecer os sindicatos e os trabalhadores, aumentando a desigualdade entre capital e trabalho.

 

Para a Secretária-Geral da UGT-PARANÁ, Iara Freire, que também é diretora da Federação dos Bancários do Paraná, as propostas que estão surgindo por parte das centrais sindicais não atendem as expectativas do movimento sindical, pois não respeita o conceito de categoria e nem de base de representação. "Nós, bancários, somos radicalmente contra o que está sendo proposto. Esperamos que a UGT e as demais centrais ouçam suas bases, que são o pilares de sustentação em todos os sentidos das centrais sindicais", disse Iara.

 

Já o presidente da Federação dos Trabalhadores Celetistas em Cooperativas do Paraná - FETRACOOP, Clair Spanhol, parabenizou o presidente Patah por se colocar à disposição das entidades filiadas e defendeu que a UGT tenha uma proposta de pluralidade que contemple seus representados. "Mais uma vez estou convicto que estamos filiados numa central sindical democrático e representativa. Ou nos preparamos para o futuro do sindicalismo brasileiro, com uma proposta factível que nos contemple, ou ficaremos à mercê do desejo do atual governo, que é dizimar o movimento sindical", concluiu Spanhol.




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