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Vendas crescem e Vale lucra R$ 6,5 bilhões no 3º trimestre


25/10/2019

Volumes de produção e de vendas contribuem para aumento de 7,4% na receita e de 13,7% no lucro

 

O aumento da produção e das vendas de minério de ferro depois de Brumadinho (MG) foram determinantes para o resultado da Vale no terceiro trimestre do ano. Entre julho e setembro, a receita da empresa atingiu R$ 40,6 bilhões, alta de 7,4% sobre igual período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 18,3 bilhões, 6,6% acima de julho-setembro de 2018. Já o lucro líquido da companhia ficou em R$ 6,54 bilhões, alta de 13,71% sobre o ano passado.

 

Como sinalizado anteriormente pela mineradora e, de acordo com expectativas de mercado, a Vale não fez provisões, no terceiro trimestre, para fazer frente às despesas com Brumadinho. De julho a setembro, a empresa registrou R$ 893 milhões em despesas relacionadas ao caso. No primeiro semestre, a mineradora reportou provisões de US$ 5,65 bilhões para atender suas obrigações, incluindo indenizações e doações, remediação para áreas afetadas e compensações sociais. Em nove meses, foram desembolsados US$ 608 milhões, com as provisões recuando para US$ 4,76 bilhões, em 30 de setembro. A redução na provisão também foi influenciada pela depreciação do real frente ao dólar.

 

Do ponto de vista operacional, a Vale confirmou a expectativa do mercado e conseguiu reduzir o custo de produção de finos de minério de ferro, o chamado custo caixa C1 (da mina até o porto), para US$ 15,3 por tonelada no terceiro trimestre, queda de US$ 2,3 por tonelada em relação ao segundo trimestre. O movimento foi possível como resultado de maiores volumes e gastos menores com “demurrage” (encargos pela espera de navios) no terminal da empresa em Ponta da Madeira (MA).

 

Dois aspectos foram negativos. O primeiro foi o aumento do custo do frete marítimo, de US$ 19,1 por tonelada no trimestre, US$ 2,6 por tonelada maior do que no segundo trimestre do ano. A expectativa da Vale é que o custo do frete marítimo caía “ligeiramente” no quarto trimestre. O outro fator foi a redução no prêmio de qualidade recebido pelos finos de minério de ferro e pelotas, que atingiu US$ 5,9 por tonelada no terceiro trimestre. O valor representa queda de US$ 5,5 por tonelada em relação ao segundo trimestre, quando o prêmio obtido pela empresa ficou em US$ 11,4 por tonelada.

 

O preço realizado para os finos de minério de ferro, seu principal produto, também caiu. Ficou em US$ 89,2 por tonelada, ante US$ 94,6 por tonelada no segundo trimestre. No terceiro trimestre, o preço do minério com 62% de teor de ferro no mercado à vista da China situou-se em US$ 102 por tonelada. A Vale recebe adicionais pelo seu produto (prêmio), mas a política de precificação da companhia, que considera diferentes fórmulas, terminou resultando, no trimestre, em valores líquidos abaixo do preço de referência. Também pesa nessa conta o desconto por “umidade” do produto.

 

Entre julho e setembro, a Vale também registrou redução do endividamento. A dívida líquida ficou em US$ 5,3 bilhões em 30 de setembro, US$ 4,4 bilhões a menos do que os US$ 9,7 bilhões de 30 de junho. É o nível mais baixo de dívida desde o quarto trimestre de 2008. A companhia informou que a redução se deve, sobretudo, à liberação de US$ 1,8 bilhão de caixa bloqueado e à forte geração de caixa do terceiro trimestre. A geração de caixa foi de US$ 3 bilhões.

 

Fonte: Valor Econômico




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