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IPCA-15 tem menor nível para junho em 13 anos com deflação de alimentos


26/06/2019

Os preços de alimentos registraram deflação e a prévia da inflação oficial brasileira desacelerou a alta ao menor nível para junho em 13 anos.

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em junho variação positiva de 0,06%, sobre avanço em maio de 0,35%, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Esse foi o resultado mais baixo para o mês desde a queda de 0,15% em 2006 e igualou a expectativa de economistas em pesquisa da Reuters. Também é a taxa mais fraca desde dezembro de 2018 (-0,12%)

 

Nos 12 meses até junho, a alta do IPCA-15 passou a ser de 3,84%, após acumular avanço de 4,93% até maio, também igualando a expectativa.

 

O resultado mostra que o índice foi abaixo da meta oficial de inflação do governo para 2019, de 4,25 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, após dois meses em patamar acima.

 

No mês, os dados do IBGE mostram que o grupo Alimentação e bebidas exerceu o mais forte impacto negativo ao recuar 0,64%, depois de estabilidade em maio.

A alimentação no domicílio foi o destaque com recuo nos preços de 0,82%, com deflação do feijão-carioca (-14,99%), tomate (-13,43%), feijão-mulatinho (-11,48%), batata-inglesa (-11,30%), feijão-preto (-8,84%) e frutas (-5,25%).

 

Os combustíveis também ajudaram a aliviar o IPCA-15 com queda de 0,67% após subirem 3,30% no mês anterior. A gasolina desacelerou a alta a 0,10% em junho, enquanto os preços do etanol recuaram 4,57%.

 

Por outro lado, a maior alta foi vista em Saúde e cuidados pessoais, de 0,58%, embora tenha desacelerado sobre a taxa de 1,01% de maio, com a desaceleração do avanço dos preços dos remédios para 0,15%.

 

O grupo Habitação registrou avanço nos preços de 0,52% em junho, de 0,55% antes, em meio ao alívio nas contas de energia elétrica com a retomada da bandeira verde. Os preços da energia passaram a subir 0,64%, de 0,72% em maio.

 

Na semana passada, o BC manteve a taxa básica de juros Selic em 6,5% e destacou que o risco relacionado à agenda de reformas é preponderante, o que pede manutenção do juro básico no atual patamar.

 

Nesta terça-feira, em ata o BC reconheceu a melhora do balanço de riscos para a inflação entre o começo de maio e meados de junho, mas ainda apontou riscos do lado da agenda de reformas, vendo que a economia deve ficar perto da estabilidade no segundo trimestre.

 

A mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC junto a uma centena de economistas aponta que a expectativa para a inflação neste ano é de 3,82%, com 3,95% em 2020.

 

Fonte: DCI




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