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Seminário continental da UGT debate os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável


28/05/2019

Em seu segundo dia, o Seminário Continental de Formação sobre Trabalho Decente nas Cadeias Produtivas e Violência no Local de Trabalho, organizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), em parceria com a Confederação Sindical de trabalhadores e trabalhadoras das Américas (CSA), financiado pela CSC (Central Sindical Cristã) da Bélgica e coordenado pelo IAE (Instituto de Altos Estudos da UGT) e Ipros (Instituto de Promoção Social), abordou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Agenda 2030 e a relação com a PLADA.

 

Esta última é uma Plataforma de Desenvolvimento das Américas, construída, em 2013, pela CSA, em conjunto com trabalhadores e movimentos sociais com o apoio do Escritório de Atividades para os Trabalhadores da Organização Internacional do Trabalho (ACTRAV-OIT) e da FES Sindical. Por meio da Plataforma, o movimento sindical pretende apresentar suas propostas para a superação dos desequilíbrios estruturais da América Latina e Caribe, com enfoque especial no desenvolvimento sustentável, que coloca o trabalho decente no centro do desenvolvimento.

 

Já a Agenda 2030, criada em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), traz 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com 179 metas que visam erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade.

 

Sob a coordenação de Gustavo Pádua, secretário da Juventude da UGT, e Helen Silvestre, do IAE, e mediação de Isamar Escalona, da CSA, os participantes se dividiram em grupos para debater, trocar experiências e apresentar o que cada país está fazendo para o atingimento dos ODS, especialmente os Objetivos 8 e 10, que tratam, especificamente, do trabalho decente e crescimento econômico e da redução da desigualdade dentro dos países e entre eles.

 

Um dos pontos levantados pelos sindicalistas presentes foi o fato de os governos de diferentes países implantarem programas sociais importantes, mas não sustentáveis. Por exemplo, um programa para jovens que financia seis meses de faculdade. Depois desse período, não há uma sustentabilidade, uma continuidade de incentivo para que o jovem termine os estudos. Outro exemplo são programas realizados apenas durante campanhas eleitorais, com data para acabar.

 

Também foi destacada a falta de sustentabilidade nas formações, uma vez que o conhecimento não é repassado para as bases.

 

“Os ODS fazem parte do nosso dia a dia, mas precisam ser mais reconhecidos, incorporados e assumidos pelos dirigentes sindicais. Precisamos envolver a juventude e participar de espaços de decisão, não como ouvintes ou meros executores. Temos que decidir junto”, disse Cássia Bufelli, secretária adjunta da Mulher da UGT.

 

Ao final dos debates, Helen Silvestre salientou que, apesar de sermos todos América, ficou evidente que temos condições diferentes para o atingimento dos ODS em cada país. “Todos querem reduzir as desigualdades e estabelecer o trabalho decente. Todos estão passando por uma crise sindical e por uma alta no desemprego. Mas há uma diferença quando as informações relacionadas à Agenda 2030 ou à PLADA vêm por meio de instituições próprias ou por conselhos de desenvolvimento econômico. O mais necessário é o trabalhador se apropriar, se responsabilizar e implementar os ODS no dia a dia”.

 

Gustavo reiterou: “Os ODS precisam do Estado, mas nós, trabalhadores, organizações sociais e entidades sindicais, temos uma responsabilidade enorme na forma como esse compromisso vai acontecer. Temos um instrumento de luta nas mãos e devemos usá-lo como agentes de transformação que somos”.

 

“O movimento sindical não pode ficar à margem das negociações em torno da Agenda 2030. Precisamos assimilar os ODS nas nossas práticas diárias. Nosso objetivo é ter uma sociedade justa, igualitária, com crescimento econômico. Este é o fim. O meio para atingir isso são as organizações sociais, sindicais, a PLADA e os ODS. Nossa missão é formar, informar, influenciar e acompanhar”, finalizou Isamar.

 

Também participaram das atividades do segundo dia de Seminário Laerte Teixeira, secretário de Políticas Sociais da CSA e vice-presidente da UGT; Regina Pessoti Zagretti, secretária da Mulher da UGT e presidente do Sindicato dos Comerciários de Ribeirão Preto;  Georgina Bruno, da WSM da Bélgica; Josi Camargo, secretária de Formação da UGT; Joyce Ribeiro, assessora da Secretaria da Mulher da Central; e dirigentes sindicais da Argentina, Bélgica, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Haiti, Peru, República Dominicana e Venezuela.

 

Realizado na Colônia de Férias da Fecomerciários, na Praia Grande, litoral de São Paulo, o evento tem como objetivo promover a troca de boas práticas relacionadas ao trabalho decente e à violência no local de trabalho em cada um desses países.

 




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