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Bruno Covas sanciona lei que cria bolsões de estacionamento para motoboys na capital


27/05/2019

Uso das vagas em sistema rotativo está direcionado a motos que sigam os padrões estabelecidos pela legislação que rege a categoria

 

O prefeito Bruno Covas sancionou Projeto de Lei de autoria dos vereadores Jonas Camisa Nova e Adilson Amadeu que dispõe sobre a criação de bolsões de estacionamento exclusivos para motoboys nas vias públicas da capital.

 

O Executivo tem prazo de 60 dias para regulamentar a lei, que determina claramente que os bolsões serão criados “próximos aos grandes centros econômicos e de circulação do Município de São Paulo”.

 

Além disso, o texto sancionado por Covas esclarece que terão direito a estacionar nesses locais “somente motos nos padrões estabelecidos pela legislação que rege a categoria”.

 

Os bolsões funcionarão de forma rotativa.

 

APLICATIVOS DE ENTREGA X AUMENTO DE MORTES NO TRÂNSITO

 

Apesar do Projeto ter começado a tramitar em 2015, a situação descrita pelos autores na justificava continua presente, mas agora é muito mais grave com o surgimento e forte expansão da atividade de entregadores de aplicativos de entregas (delivery), como iFood, Uber Eat, Rappi, 99 e Loggi, entre outros. Pesquisa do Instituto Locomotiva, recentemente divulgada, aponta que esses apps são hoje os maiores “empregadores” brasileiros.

 

Os motoboys aguardam o momento de maior movimentação em áreas próximas a shopping centers, restaurantes ou supermercados, esperando surgir os pedidos nos celulares. As ruas do entorno desses locais ficam lotadas com centenas de motos, que dividem espaço enquanto os motoboys esperam pela chamada. E isso tem um motivo: a plataforma iFood, por exemplo, incentiva que o motoboy permaneça no local oferecendo-lhe bônus financeiros.

 

Na Justifica, os vereadores alegam que “por escassez de locais próximos aos centros comerciais para estacionarem suas motos, os motoboys acabam perdendo muito tempo a procura de vagas, forçando-os a estacionar em locais passíveis de penalidades”.

 

Ainda no texto, os autores afirmam que com o crescimento do interesse da população por motocicletas, “os parcos estacionamentos em vias públicas estão abarrotados de motocicletas que permanecem ali o dia inteiro, impedindo desta forma o acesso aos profissionais do motofrete”.

 

Com a falta de bolsões, a vida do Motoboy acaba afetada, pois ele “deixa de produzir e gerar riqueza a espera de uma vaga para estacionar sua moto”.

 

Enquanto isso, a Prefeitura diz que planeja regulamentar os aplicativos de serviços de entrega por motos. Principalmente após o aumento do número de mortes por conta das motos, atribuído em parte ao aumento dessa atividade, conforme mostrado em matéria do Diário do Transporte nesta quinta-feira, 23 de maio.

 

Pela primeira vez, na história, morreram mais motociclistas que pedestres: “Foram 366 vítimas fatais que estavam em motos, ante 349 pessoas a pé” – diz a Companhia de Engenharia de Tráfego. Relembre: Número de mortes no trânsito em São Paulo volta a subir depois de três anos de queda

 

Fonte: diariodotransporte.com.br




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