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4º Congresso Estadual reelege Waldemar Schulz Junior


04/04/2019

Encontro aconteceu no dia 28 de março, no STIVestuário, em Jaraguá do Sul

 

A Diretoria Gestora UGT-SC, reeleita no 4º Congresso Estadual Ordinário, agradece a todas entidades sindicais filiadas que estiveram presente no congresso, momento que se discutiu e deliberou pela aprovação da prestação de contas do ano 2.017 e 2018, definiu a previsão orçamentária do 2.019 e 2020, bem como elegeu e empossou a nova Executiva Estadual da UGT-SC.

 

A União Geral dos Trabalhadores de Santa Catarina (UGT/SC) promoveu na manhã do dia 28 de março, no STIVestuário de Jaraguá do Sul e Região o seu 4º Congresso Estadual, para debater temas urgentes da classe trabalhadora brasileira, como a Reforma da Previdência e o custeio do movimento sindical brasileiro. O Congresso reuniu todos os dirigentes sindicais de entidades filiadas no estado e contou com palestra do advogado trabalhista e professor da Universidade Federal do Paraná, Sandro Lunard Nicoladeli. Durante o Congresso, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Joinville e Região, Waldemar Schulz Júnior, Mazinho, foi reconduzido à presidência da UGT Santa Catarina.

 

Já no início de sua palestra, o professor da UFPR, parafraseou o slogan de campanha de Jair Bolsonaro à presidência – Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. “Na sociedade atual, na verdade, o indivíduo está acima de tudo, o mercado acima de todos”, disse, “e isso norteia a Reforma da Previdência do governo federal, que significa a privatização do Sistema de Seguridade Social, assim como o fim do Ministério do Trabalho e Emprego, da Justiça do Trabalho, a Reforma Trabalhista, a desconstrução dos direitos mais violenta desde a década de 90”. Analisando os primeiros 100 dias de governo Bolsonaro, ele lembrou que o Brasil perdeu a credibilidade internacional e criticou o fato de que “a Justiça está sendo utilizada para o jogo político e a chamada Operação Lava Jato é parte desse jogo “.

 

Consultor de entidades sindicais de trabalhadores, Sandro Lunard afirma que vivemos hoje numa sociedade em que as pessoas estão com muita dificuldade de pensar no bem comum e na solidariedade. “Até existe esses sentimentos, mas em momentos muitos pequenos, na sua religiosidade ou na sua família. No entanto, o bem comum é um valor fundamental para a vivência em sociedade, sem ele as pessoas viverão sob o signo do medo e da desesperança. Viver em coletividade significa viver em solidariedade”, prega o professor da UFPR. Ele destaca que o mercado é muito importante, “é o que define a economia, as empresas organizadas geram empregos”, mas que isso por si só não resolve os problemas. “Queremos um mercado que tenha trabalho decente, onde o trabalhador seja remunerado com dignidade, seja respeitado como ser humano”, analisa, criticando a Reforma da Previdência. “Não adianta o mercado acima de todos se tirarmos os direitos previdenciários dos trabalhadores, se houver desagregação social, com mais violência”.

 

“Hora do Pesadelo 3”

 

Durante sua explanação, o advogado citou um filme de terror da década de 90, que fez muito sucesso, intitulado “Hora do Pesadelo”, em que o personagem central aparecia nos sonhos e aterrorizava as pessoas. Sandro considera que a terceirização como Hora do Pesadelo 1, a Reforma Trabalhista, como Hora do Pesadelo 2. “A Hora do Pesadelo 3 já está em cartaz nos cinemas porque os sonhos de uma sociedade mais solidária e justa estão sendo aterrorizados por um malfeitor, que destrói os nossos sonhos. É a Reforma Previdenciária e cabe a cada um de nós transformarmos esse pesadelo num sonho bom, mas isso requer muita atividade, luta e organização”.

 

Para tanto, os sindicatos devem estar antenados com as novas gerações, com os mais jovens, saber o que pensam, como se organizam em sociedade, quais os seus valores e estímulos, entender as novas formas de organização do trabalho: “O comércio, por exemplo, funciona com e-comerce, as trocas e vendas a partir das mídias eletrônicas; na indústria, a desconstrução das grandes plantas industriais por vários fornecedores terceirizados. Precisamos compreender que reformar o trabalho significa retornar às origens do sindicalismo, um sindicalismo que pensava no bem-estar e estava muito perto dos anseios dos trabalhadores”. Para o professor, “as redes sociais, as páginas nos sites possibilitam aos sindicatos estar mais próximos dos seus representados, ter esse papel dialógico de ouvir e devolver resultados concretos, na perspectiva de um sindicato cidadão, que interfira nas lutas nacionais e na política brasileira”.

 

Justiça usada pelo jogo político

 

A justiça brasileira, em certa medida, tem desconsiderado os valores da regra do jogo, estabelecida pela Constituição Federal do Brasil e pelos ritos processuais existentes, na avaliação de Sandro Lunard. “Aquele cidadão que vai ao Judiciário, embora tenha um intérprete da lei, que é o juiz, espera determinadas regras prévias que estejam estabelecidas na legislação, e constantemente essas regras não estão sendo utilizadas, o que gera incompreensão e um descompasso no Estado Democrático de Direito, e isso não é justo para a democracia”. E exemplifica: “Se passo a admitir que durante um jogo de futebol tenha gol em impedimento ou um gol de mão, isso fere as regras. Se o juiz começa a validar esses gols, cria uma anarquia e ninguém mais confia no juiz e nem nas regras do jogo”.

 

“Semana Edésio Passos”

 

Integrante do Instituto Edésio Passos, que tem como difusor as ideias de liberdade, democracia e cidadania, o professor Sandro Lunard convida para a 4ª Semana Edédio Passos, que acontece dias 4 e 5 de abril, na UFPR, em Curitiba. O evento vai debater “O papel da universidade pública na defesa da democracia”, com palestra do reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca; o Parlamento, Democracia e Resistência; a Democracia como valor universal: desafios e perspectivas no Brasil, esta com palestra do atual presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz – “uma grande novidade do contexto nacional, que deixou claramente sua posição expressa no discurso de posse, em defesa do estado democrático de direito”, destaca. Sandro Lunard deverá proferir palestra, no dia 5, com o tema “O Centenário da Organização Internacional do Trabalho”.

 

Falecido no dia 9 de agosto de 2016, Edésio Franco Passos advogou por mais de 50 anos, no Paraná e em Santa Catarina, em prol de inúmeras causas humanitárias e se transformou em uma das referências nacionais mais importantes do mundo do Direito. Foi jornalista, advogado, escritor, poeta, militante político e ativista. Atuou em defesa da democracia e na resistência contra a ditadura militar no Brasil. De 1991 a 1994, foi deputado federal e em seguida candidato ao Senado, obtendo mais de 1 milhão de votos de paranaenses que se viram representados por sua seriedade, coerência e linha de pensamento e de atuação. Exerceu a função de diretor-administrativo da Itaipu Binacional.

 

Waldemar Schulz Junior, presidente reeleito da UGT, aqui no estado de Santa Catarina, alertou “sobre os desafios do movimento sindical frente as reformas na estrutura sindical e trabalhista, solicitou empenho dos companheiros de chapa e entidades sindicais filiadas, para juntos fazer o enfrentamento, e praticar o sindicalismo combativo para defender os anseios da classe trabalhadora”.

 

No referido congresso foram eleitos os membros da Executiva Estadual da UGT-SC, sendo composta pela Diretoria Gestora, Conselho de Vice-Presidentes, Secretário Regionais, Secretários Setoriais, Secretários Executivos e Conselho Fiscal, para cumprir a gestão 2.019/2.023.

 

DIRETORIA GESTORA

 

Waldemar Schulz Junior – Presidente

 

Carlos Magno da Silva Bernardo – Secretário Geral

 

Rui Fernando Roesener – Secretário de Finanças

 

Mário José de Souza Leal – Secretário de Divulgação e Comunicação

 

Gildo Antonio Alves – Secretário de Planejamento e Patrimônio

 

Sônia Maria Goulart Carnevalli – Secretária de Relações Sindicais

 

Tiago José Wagner – Secretário para Assuntos Jurídicos 

 

CONSELHO FISCAL

 

Marcelo Henrique Muller

 

Osnildo Maçaneiro

 

Gelson Gonçalves

 

Joacir Stradioto Branco

 

Luiz Carlos Xavier

 

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