11/12/2018
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 deve ser de 1,3%, segundo a equipe de especialistas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas. A projeção de alta do PIB foi reduzida – a previsão anterior era de 1,5% – após o anúncio de revisões dos dados de 2016 e 2017 por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2019, o Ibre projeta avanço de 2,4% no PIB, em seu cenário base.
Segundo a pesquisadora Silvia Matos, que apresentou os dados nesta segunda-feira, 10, durante seminário de análise de conjuntura do Ibre, quando se olha as revisões desagregadas feitas pelo IBGE, o PIB de 2017 ficou "um pouco mais benigno, não foi só agropecuária".
Para Silvia, a tendência é que o consumo das famílias seja o motor da economia no ano que vem. O Ibre projeta avanço de 2,5% no consumo das famílias no próximo ano.
O quadro atual é desfavorável para a dinâmica de emprego e renda, mas a expectativa é que haja uma melhora gradual. As projeções do Ibre apontam taxa de desemprego ainda elevada, caindo de 12,2%, conforme estimativa de 2018, para 11,9% em 2019, enquanto o mercado de trabalho poderá terminar o próximo ano com de 700 mil a 800 mil empregos formais criados, ante os 406 mil esperados para este ano.
O avanço maior do consumo ainda depende da expansão do crédito, conforme Silvia. "As famílias ainda estão muito endividadas e o mercado de trabalho tem uma recuperação muito gradual", afirmou Silvia.
Após os últimos dados de inflação, o Ibre também revisou a projeção para o IPCA, índice oficial calculado pelo IBGE. Agora, os economistas do instituto estimam em 3,8% a alta do IPCA em 2018 – há três meses, a projeção para o IPCA era de 4,6%.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores