07/10/2021
Está em debate legislativo
na Câmara dos Deputados a renovação da política de desoneração da folha de
pagamento, agora tratada no texto do PL 2541/2021 - autoria do Deputado Federal
Efraim Filho (DEM/PB) e relatado na Comissão CCJ pelo Deputado Delegado Marcelo
Freitas (PSL/MG), que trata da manutenção da política da Contribuição
Previdenciária sobre a Receita Bruta – CPRB, substituindo a incidência sobre a
folha de pagamento.
As Centrais
consideram oportuno a renovação da desoneração da folha de pagamento e a
manutenção da contribuição previdenciária sobre a receita bruta para os 17
setores indicados no PL 2541/21, por um período de no máximo dois anos, podendo
ser revista a qualquer tempo no âmbito de uma reforma tributária que trate do
assunto.
Nosso posicionamento
está relacionado ao grave problema do desemprego, que foi agravado pela
pandemia, bem como em função dos reflexos adversos que a crise sanitária teve
sobre muitos dos 17 setores abrangidos pela medida legislativa. Esses setores
abrangem segmentos da indústria, serviços, agropecuária, construção civil,
transportes, call center e tecnologia e são responsáveis por mais de 8 milhões
de empregos diretos
Consideramos
essencial ainda que esses setores e empresas abrangidos pela medida mantenham o
nível de emprego, valorizem a relação sindical com a representação dos
trabalhadores e atuem para a ampliação da formalização do mercado de trabalho
no país.
Por fim, consideramos
que a extinção dessa política, sem qualquer alternativa viável política e
economicamente no curto prazo, resultará em efeitos perversos para a economia
nacional, sobre os empregos, sobre a competitividade das empresas, sobre os
custos e preços. É fundamental também que a política tributária seja amplamente
reformulada e, nesse contexto, a questão do financiamento da previdência social
seja objeto de ampla avaliação e reformulação para prover sustentabilidade à
Previdência Social e competitividades às empresas nacionais.
São Paulo, 06 de outubro de 2021
Assinam
Sérgio
Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores – CUT
Miguel
Eduardo Torres, presidente da Força
Sindical – FS
Ricardo
Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores – UGT
Adilson
Gonçalves de Araújo, presidente da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Antonio
Neto, presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros – CSB
José
Reginaldo Inácio, presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores – NCST
UGT - União Geral dos Trabalhadores