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UGT Press 520: Fraudes bancárias


06/09/2016

FRAUDES BANCÁRIAS: boatos sobre desvios, roubos e furtos em agências bancárias sempre foram recorrentes. Mas, se você tiver tempo e for curioso o suficiente, vá à internet (Google ou outro) e digite “fraudes bancárias”. Serão muitas informações. Dê atenção especialmente à jurisprudência das decisões judiciais de ações movidas por usuários ou clientes contra os bancos e bandeiras de cartões de crédito. São, no mínimo, curiosas algumas alegações dos bancos, tanto quando estranhas e incompreensíveis várias das decisões ali expostas. Isso à parte, debitando-as ao jogo de forças e à heterogeneidade dos relatores judiciais, há injustiças evidentes. O usuário ou cliente é um consumidor. Muitos regramentos/regulamentos ficam por conta do Conselho Monetário Nacional, em consequência, do Banco Central do Brasil (BC), através de portarias, resoluções e assemelhados. No momento, o presidente do BC é um homem proveniente do Banco Itaú. Em tudo quanto envolva recursos financeiros, via de regra, há uma notória tendência de proteção aos poderosos, que, quando são condenados, o são somente em relação aos prejuízos dos usuários ou clientes, quase sempre ignorando outras questões como o tempo perdido, o trabalho para resolver o problema, o estresse pelas perdas e, especialmente, os danos morais. Os danos morais, depois da corrida de obstáculos interposta ao lesado são desprezados, embora não totalmente ausentes.

 

PROBLEMA MUNDIAL: fraudes bancárias ou na movimentação de capitais, seja em bolsas ou em outras instâncias, sempre existiram. Há a percepção de que, depois do advento da internet, as ocorrências aumentaram. A técnica dos bancos, bolsas, factoring e assemelhados, provavelmente com a conivência das autoridades policiais, é descaracterizar e não divulgar esses crimes. Realmente, se o grande público souber do alcance e repetição das fraudes, roubos e desvios feitos na rede de entidades do sistema financeiro nacional ou internacional, certamente ficará desconfiado, com o pé atrás. Esse tipo de crime existe em todos os países. Os bancos, até para embasarem as suas defesas contra ações de ressarcimento, colocam anúncios em seus sites, alertando contra o uso dos meios eletrônicos para movimentação de recursos. É uma incoerência. De um lado, propagam os seus aplicativos e, de outro, explicitam os cuidados necessários para a utilização desses meios. Um dos grandes bancos brasileiros tem em seu site grande texto de alerta sob o título “não caia em cilada”. Pois é, mas há casos em que você telefona para o Banco, em número amplamente divulgado, e a funcionária (do Banco, contratada pelo Banco) lhe pede a senha. Se você fornecer (afinal, você está falando no Banco com gente do Banco), aí começam os seus tormentos. As exigências vão desde Boletim de Ocorrência, reclamações a tempo e a hora, etc. Sai de baixo!

 

ONDE HÁ DINHEIRO, HÁ CRIMINOSOS: essa é uma regra desde que se inventou a moeda: “onde há dinheiro, há criminosos”. No novo e maravilhoso mundo “on-line”, claro, não é diferente e às vezes estamos lidando com hackers especializados, pessoas com habilidades extraordinárias no uso de equipamentos eletrônicos. O infowester.com publicou 10 itens para serem observados pelos usuários “on-line”: 01 – sempre verifique o endereço do site do banco antes de utilizá-lo; 02 – cuidado com e-mails falsos em nome do banco; 03 – cuidado com e-mails ou contatos telefônicos que pedem dados pessoais; 04 – evite utilizar o internet banking a partir de computadores públicos; 05 – proteja o seu computador ou dispositivo móvel; 06 – não acesse a sua conta bancária a partir de redes WIFI públicas; 07 – use apenas os aplicativos móveis oficiais do banco; 08 – cuidado com a tabela de códigos ou com o token fornecido pelo banco; 09 – monitore a sua conta com extratos via e-mail e avisos por SMS; 10 – utilize o botão “sair” ou equivalente ao encerrar o uso de internet banking. Mas, apesar das precauções, alertam a maioria dos sites, seja dos bancos ou outros, você, sim, ainda está sujeito à fraude: saques ou transferências não autorizados, lançamentos indevidos, cartões clonados, compras estranhas, etc. Boa medida ainda é o velho seguro, sobretudo para movimentações indevidas feitas por cartões de crédito. Enfim, cuidemo-nos. A velha máxima “todo cuidado é pouco” está valendo mais do que nunca para as operações financeiras.  

 

ENGENHARIA OU PERFIL SOCIAL: você é uma pessoa plugada, está no Facebook, no Twitter e em outras redes sociais. Ali estão os seus dados, desde a data de nascimento até o nome de seus pais, esposa e filhos. Até o nome de seu animal de estimação se sabe. Sua senha, a partir de dados de familiares e endereços, pode até ser composta através de tentativas de erro e acerto ou ainda, às vezes, ter até o nome de seu bichinho ou de sua escola primária. São inúmeras as formas para se encontrar uma senha visível aos olhos de especialistas em malandragem. Então, através de compras on-line ou de outra forma de utilização de cartões de crédito ou movimentação financeira (lembre-se: nos seus cheques há todos os seus dados, incluindo o número de sua conta e a agência que a hospeda), os hackers têm os seus dados e sabem até os seus hábitos. É uma espécie de engenharia social ou construção de perfil. Sabem mais sobre você do que você mesmo. E, isso, infelizmente, é bastante fácil porque, orgulhosamente, você é um cidadão do mundo. Parabéns, você é uma figura pública, plenamente alcançável e, portanto, vulnerável. Aliás, muito vulnerável, um provável candidato a vítima de uma fraude eletrônica. Quando e quanto você vai perder é apenas uma questão de tempo. Procure à sua volta e você terá muitos exemplos de vítimas, elas são muitas, em número maior do que  você pensa. Fique esperto! 




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